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Empresas menores vão ao exterior buscar dinheiro

São Paulo - A mudança de rumos no mercado internacional, que vem facilitando as captações de empresas brasileiras no exterior, promete começar a beneficiar também os grupos de menor porte. Depois de grandes bancos e companhias de primeira linha, como a Vale, realizarem emissões de bônus no exterior em operações com forte demanda, a expectativa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A mudança de rumos no mercado internacional, que vem facilitando as captações de empresas brasileiras no exterior, promete começar a beneficiar também os grupos de menor porte. Depois de grandes bancos e companhias de primeira linha, como a Vale, realizarem emissões de bônus no exterior em operações com forte demanda, a expectativa é de que empresas menores, sem grau de investimento, ganhem espaço nessas operações.

Com a alta procura, as taxas pagas aos investidores em algumas emissões voltaram aos níveis anteriores à crise. Os prazos também melhoraram, com espaço até para bônus perpétuos (sem prazo de vencimento), como os que a Globo Comunicação e Participações está colocando no mercado. Nos últimos dias, foi a vez de os bancos médios acessarem o mercado. O Banco ABC acaba de captar US$ 300 milhões. Na quinta-feira, BicBanco e Panamericano começaram a oferecer papéis de 10 anos. BMG e Fibra podem acessar o mercado externo nos próximos dias, já que têm papéis emitidos lá fora vencendo nas próprias semanas, segundo fonte de um banco de investimento.

Após os bancos médios, a expectativa agora se volta para empresas de porte menor. Segundo fontes, Frangosul e Cosipar estão oferecendo papéis no mercado e pretendem captar, cada uma, cerca de US$ 50 milhões. Entre as grandes companhias, há a expectativa de captação da Petrobras, Eletrobrás e também do governo brasileiro.

Já para os bancos, a expectativa é de redução no ritmo de emissões a partir de agora. De acordo com um executivo que acompanha esse mercado, as instituições financeiras foram responsáveis por cerca de 70% dos lançamentos de bônus externos feitos neste ano. Mas essa participação deve cair, já que os investidores indicaram que o apetite por papéis do setor financeiro deve diminuir. "Nos últimos road shows (apresentação de dados), os investidores manifestaram uma certa satisfação por volume de papéis de bancos. Acho que veremos só mais umas duas ou três operações no curto prazo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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