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Empresário segue sonho do avô e fatura R$ 25 mi com picolés

Hoje, a Diletto fatura 25 milhões por ano e tem cerca de 2000 pontos de vendas

Picolé: a Diletto agora investe em mercado de eventos para continuar crescendo (Divulgação)

Picolé: a Diletto agora investe em mercado de eventos para continuar crescendo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 10h04.

São Paulo - O ano era 1922. Vittorio Scabin comemorava a abertura de sua primeira sorveteria, em um pequeno vilarejo de Sappada, na região do Vêneto. O empresário usava gelo e frutas frescas para produzir seus sorvetes artesanais. As instabilidades no continente europeu e a falta de perspectiva fizeram com que Vittorio cruzasse o oceano para tentar a vida no Brasil. Foi ouvindo a história do avô que o engenheiro civil e empreendedor Leandro Scabin cresceu e, há quatro anos, se inspirou para criar a Diletto.

Passados mais de 80 anos, ele resolveu, então, reabrir reabrir a pequena empresa do avô. “Na época eu tinha uma importadora. Mas resolvi fechar o negócio para investir no sonho do nonno. Percebi que o mercado de sorvetes estava estagnado e vi uma boa oportunidade para criar algo novo. Por isso, morei dois anos na Itália, onde aprendi tudo sobre os sorvetes artesanais, e adaptei os ingredientes de hoje aos que ele usava naquela época, já que queria um sorvete de massa no palito”, diz.

De volta ao Brasil, perto da época de lançar a marca, Scabin conheceu o publicitário Fábio Meneghini, que hoje é um de seus sócios. Juntos eles entenderam que era preciso investir em algo sofisticado para atrair a atenção dos clientes. “E deu super certo. Se eu fizesse sozinho provavelmente faria uma embalagem mais agressiva. Mas a experiência do Meneghini mostrou que a embalagem deveria ser mais requintada”, conta o engenheiro, que reconhece que as distintas áreas de seus sócios contribuem para a melhora da marca.

O lançamento da Diletto aconteceu no final do ano de 2008, em Trancoso, Bahia. “A ideia então era termos 40 pontos de venda até o final do ano. Mas no meio de 2009 esse número já havia chegado a 400”, lembra Scabin. Foi aí que outro sócio entrou no negócio para complementar a dupla. “Percebemos que a Diletto não precisava de caixa porque já estava estabelecida, mas precisava de gestão”, diz.

E o empresário Fábio Pinheiro, que desde criança sonhava em ter uma fábrica de picolé, trouxe o que faltava para a empresa. “A Diletto é relativamente jovem. Estamos no nosso 4º ano de vida. Nos primeiros anos tivemos um crescimento meteórico e pretendemos manter um forte crescimento orgânico. Por isso, nossa expectativa é de manter taxas de crescimento superiores a 100% ao ano nos próximos anos”, projeta Pinheiro.


2017 está logo aí

A parte de estruturação da empresa provou, também pelos números, que a marca é um sucesso. Hoje a Diletto fatura 25 milhões por ano, tem cerca de 2000 pontos de vendas – todos de propriedade dos sócios –, e conta com 12 sabores de picolé e quatro de copo. “Essa é, aliás, uma de nossas novidades. Recentemente lançamos o sorvete de 500 ml em uma embalagem biodegradável”, conta Scabin, que sempre está na fábrica dando pitacos de novos sabores a serem desenvolvidos.

As metas não param por aí. “Nós sempre atendemos demandas de eventos e agora vamos estar ainda mais presentes nesse mercado, já que se trata de um ramo potencialmente grande. Decidimos investir e criar um departamento exclusivo para atender a essa demanda e, por isso, vamos adotar uma postura mais ativa, buscando mais negócios e fechando parcerias com empresas e buffets de casamentos e aniversários, além de atuar com agências promocionais para feiras e eventos corporativos. Com isso, esperamos dobrar o número de eventos atendidos”, conta Meneghini.

Outro objetivo é crescer no varejo. “Ele vai nos ajudar a ter mais visibilidade, aumentar a experimentação e conhecimento, além de pulverizar a marca”, avalia Pinheiro. Para tanto, a Diletto tem um plano de negócios estabelecido até 2017. Nele, segundo Scabin, constam objetivos de supernacionalização da marca e, depois, de globalização. “Estamos trabalhando para atingir essa meta. Se seguirmos a lógica, conseguiremos, pois em 2011 já ultrapassamos a meta em 22%”, revela.

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