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Empresa brasileira vai ajudar a mapear o universo

Solunia Projetos e Automação Industrial, da Incubadora de Empresas de Araraquara, foi incluída no J-PAS, que construirá uma nova unidade astronômica

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 10h52.

São Paulo – Desenvolver soluções tecnológicas com reconhecimento internacional não é privilégio apenas das grandes empresas brasileiras. Um pequeno negócio localizado na Incubadora de Empresas de Araraquara (SP) foi incluído no projeto internacional J-PAS, voltado para a construção de uma nova unidade astronômica para o mapeamento do universo.

A Incubadora de Empresas de Araraquara, que tem o apoio do Sebrae em São Paulo, conta com 12 incubadas e mais dez associadas. Os empreendimentos recebem, além de espaço físico planejado, serviços especializados, orientação e consultoria, infraestrutura técnica, administrativa e operacional, além de uma série de benefícios como a intermediação com instituições de ensino e pesquisa, órgãos governamentais e iniciativas privadas.

A Solunia Projetos e Automação Industrial, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), construirá a Unidade de Filtro e Diafragma (FSU – Filter Shutter Unit), responsável por filtrar espectros de luz e transformá-los em sinais elétricos para leitura em computadores.

Para se ter uma ideia da importância do projeto, as imagens possibilitarão aos pesquisadores descobrir novas estrelas, galáxias e objetos do sistema solar. O J-PAS é um consórcio internacional e engloba empresas de diversos países – Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e Brasil – além de agências de financiamento e universidades. A unidade astronômica será operada pela fundação espanhola Centro de Estudos de Física de Aragon (CEFCA) e contará com uma equipe de mais de cem cientistas e engenheiros de vários países. O sistema começa a funcionar em 2013.


Carlos Eduardo Fermino e seu sócio, Daniel Schmidt Messi, criaram a Solunia há dois anos. Funcionário de grandes corporações, como a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Fermino decidiu abrir o próprio negócio quando começou a ser procurado para desenvolver projetos paralelos de outras empresas. “Já tinha a intenção de me tornar empreendedor. A chance veio quando consegui clientes em potencial”.

Há um ano na Incubadora de Empresas de Araraquara, Fermino diz que tomou a decisão certa. “A grande vantagem da incubadora é que a informação circula constantemente e temos consultores que nos auxiliam nas dificuldades”, diz o empresário.

Diagnóstico

Segundo a gerente do Sebrae em Araraquara, Marimar Guidorzi, todas as empresas incubadas passaram este ano por um diagnóstico de identificação das necessidades de mercado. “Na incubadora, elas têm oportunidade de troca e a chance de tirar as ideias do papel e testá-las no mercado real”.

A instituição tem levado o conceito de inovação às empresas da região por meio de cursos, palestras e workshops. De maio até agora, 111 empreendimentos foram atendidos com soluções inovadoras, como o Sebrae Mais, Sebratec e outras ferramentas da instituição. Marimar diz que a meta até o final do ano é atender 200 empreendimentos.

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