São Paulo – Os discos de vinil voltaram à moda nos últimos anos. Por mais anacrônico que isso possa parecer, as “bolachas” são uma resposta para os tempos da internet e da rotina cada vez mais corrida: abrir o encarte, cheirá-lo, escolher o lado, colocá-lo no toca-discos, chamar os amigos e curtir um som incorporado é um ritual tanto para os que viveram o auge do vinil quanto para jovens que o descobriram recentemente.
É o que defende o empreendedor curitibano Rômulo Troian: para ele, o vinil é uma experiência única. Tanto é que seu negócio, feito junto do sócio e primo Lucas Stavitzki, quer transpor tal experiência para o mundo virtual.
“Especialmente agora, com o streaming, existem várias experiências ao escutar música. Mas quem gosta de discos de vinil não troca isso por nada. É mais do que ouvir: é uma cultura”, afirma Troian.
No começo deste ano, eles criaram a Luvnyl: uma rede social feita especialmente para os amantes dos discos de vinil. Hoje, a rede possui mais de 2 mil usuários e já estuda sua proposta de monetização.
Validação
Troian herdou a coleção de discos de vinil do seu pai, e desde então não parou de juntar mais álbuns. Apesar de sempre ter gostado de música, sua carreira foi feita na área de desenvolvimento de software.
A ideia de negócio veio de uma conversa com outros amigos que também colecionavam discos de vinil. “Percebi que é difícil encontrar os títulos mais antigos, das décadas de 1960 até 1980, por serem mais exclusivos. A única forma era ir de loja em loja ou perguntar para amigos”, conta o empreendedor.
“Queríamos sanar esse problema: faríamos com que as pessoas pudessem publicar seus discos online e vendê-los, enquanto os compradores poderiam achar todos os discos em um lugar só. Além disso, os usuários poderiam se conhecer e falar sobre discos de vinil.”
Em 2014, Troian participou do Startup Pirates, uma espécie de pré-aceleração intensiva, que dura oito dias. Lá, refinou sua ideia de startup, que foi selecionada como um dos três melhores empreendimentos do evento no Brasil.
O sucesso no Startup Pirates levou a outra pré-aceleração, já no fim de 2015. A incubação foi feita na Hot Milk, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
Em janeiro deste ano, a plataforma foi lançada em sua versão beta, criada tanto por Troian quanto por Stavitzki – ambos com background em tecnologia e em coleção de discos de vinil.
Como funciona?
A principal atividade da Luvnyl é seu marketplace: um espaço que facilita a compra e a venda de discos de vinil para usuários e lojas. “Esse marketplace atende à demanda por discos exclusivos e ajuda na busca de quem quer comprar, como comentamos. Várias lojas não possuem um e-commerce, então criamos a plataforma como uma forma de atraí-las para o ambiente online”, diz Troian.
Em paralelo, na Luvnyl também há a parte de rede social. Cada usuário possui seu próprio perfil, onde pode postar fotos dos seus vinis mais queridos, escrever textos sobre álbuns e música e criar sua própria lista de desejos. Nos perfis empresariais, as lojas podem colocar quais discos estão à venda e também um mapa para chegar ao local.
“O disco de vinil é um estilo de vida, então também queríamos ter uma rede social dentro da Luvnyl. Ela recebe feedbacks positivos, com as pessoas colocando fotos de discos e interagindo, conhecendo umas às outras. Foi além do negócio de compra e venda”, conta Troian.
Hoje, a Luvnyl tem 2,3 mil usuários e cerca de 5% são vendedores de vinis, sejam pessoas físicas ou lojas. Ao todo, são mais de 1,6 mil discos anunciados.
Segundo o empreendedor, há pessoas de todas as idades na rede social, mas a maioria possui entre 18 e 35 anos – jovens que se interessaram pelo vinil tardiamente e combinam esse gosto com uma frequência diária no mundo virtual.
Monetização e novos recursos
Por enquanto, a compra e venda de discos de vinil não passa por nenhum tipo de taxa de intermediação – o trâmite é feito diretamente entre vendedor e comprador.
“Até o final do ano, queremos entrar com a intermediação de negociação, cobrando uma porcentagem em cima de cada venda como forma de monetização”, explica Troian. “Ainda não está nada fechado, mas também estamos pensamos em anúncios e assinaturas como outras formas de receita.”
A Luvnyl incluirá novas ferramentas até o começo de 2017: a ideia é ter uma seção exclusiva na plataforma para a troca de discos; realizar mais integrações com outras redes, como o Facebook; e, por fim, lançar um aplicativo móvel para Android e iOS.
Com tais mudanças, Troian espera que a Luvnyl alcance 10 mil usuários no fim deste ano. Segundo ele, o salto é possível porque a rede social tem crescido de forma exponencial. “Depois do lançamento de uma atualização no site e a inauguração das novas funcionalidades, também investiremos mais no marketing”, completa.
Assim que a proposta de monetização estiver pronta, a Luvnyl pretende lançar-se em novos mercados. “Em 2017, queremos alcançar os maiores mercados consumidores de discos de vinil, como Estados Unidos e Europa.”
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1. Hora de férias!
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1/12 (Bloomberg/Daniel Acker)
São Paulo – O que grandes
empreendedores fazem nas horas em que não administram seus impérios? Se você acha que empresários como Bill Gates, Elon Musk, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e Warren Buffett aproveitam o tempo livre para descansar, está muito enganado: não só eles, mas muitos empreendedores de
sucesso aproveitam seu tempo livre de forma
produtiva. Por isso, elencamos aqui alguns projetos alternativos desses grandes donos de negócio. As atividades vão desde passatempos inspiradores, como leitura e instrumentos musicais, até ainda mais projetos empreendedores!
Quer aproveitar seu tempo fora da empresa da mesma forma que grandes donos de negócio? Navegue pelos slides acima e confira o que dez empreendedores de sucesso fazem quando não estão cuidando do seu negócio.
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2. Bill Gates
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2/12 (Ramin Talaie/Getty Images)
Fora da Microsoft, Bill Gates é conhecido por se dedicar à filantropia e a projetos sociais. Ele é fundador e diretor da
TerraPower, por exemplo: um projeto para desenvolver uma energia nuclear mais acessível, segura e amiga do meio ambiente. Gates e outros empreendedores pensaram na ideia em 2006 e, dois anos depois, a iniciativa saiu do papel. Porém, o projeto mais conhecido de Gates é realizado junto com sua esposa: a
Bill & Melinda Gates Foundation, que investe em projetos voltados para áreas de extrema importância social, como educação e saúde. O fundador da Microsoft resolveu se dedicar à filantropia após
visitar um hospital para tratamento de tuberculose na África do Sul, em 1997. Por fim, algumas curiosidades sobre os hábitos de Gates:
em uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, o empreendedor contou que
ele mesmo lava sua louça, porque gosta do seu próprio jeito de fazer essa atividade. Também aprecia jogar tênis, fazer cursos online e passear por lugares como o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) e a Antártica.
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3. Elon Musk
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3/12 (Justin Sullivan/Getty Images)
Todos conhecem as ambições de Musk: além de possuir a Tesla no portfólio, o empreendedor também
administra uma empresa que quer colonizar Marte: a SpaceX. Quando não está cuidando nem da Tesla e nem da SpaceX, porém, ele investe em um ramo totalmente diferente: o da educação. Musk não estava muito feliz com a educação que seus filhos recebiam (vale lembrar que ele próprio sofria bullying quando ia para o colégio, apanhando diversas vezes dos outros estudantes). Por isso, resolveu ele mesmo criar uma escola, chamada Ad Astra. Sem site nem redes sociais, a escola foi revelada em
uma entrevista que o empreendedor deu em Beijing (China), no ano de 2015. Na época, Musk disse que esperava ter 20 alunos até setembro daquele ano. Não há séries, como ensino fundamental e médio. Cada aluno identifica sua matéria preferida, e a educação é personalizada para tais interesses e habilidades. “Vamos dizer que você está tentando ensinar as pessoas sobre como motores funcionam. Uma abordagem tradicional seria dizer ‘nós vamos ensinar tudo sobre furadeiras e chaves inglesas’. Essa é uma escolha muito difícil”, defende Musk. Primeiro, ele desmontaria o motor. “Como nós vamos desmontá-lo? Você precisa de uma furadeira. É para isso que ela serve (…) Aí, uma coisa muito importante acontece: a relevância das ferramentas fica aparente.”
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4. Jack Dorsey
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4/12 (C. Flanigan / Getty Images)
Jack Dorsey, além de co-fundador e CEO do Twitter, também possui uma outra empresa: a Square, que oferece soluções de pagamento com foco em transações de cartão de crédito para empresas. Porém, antes de ser empreendedor, Dorsey já havia aprendido uma grande arte: fazer ilustrações botânicas. Ele passava horas olhando para uma planta chamada gingko, símbolo japonês de paz e longevidade, buscando replicar com eficiência seus traços, diz
o Wall Street Journal. Ele também treinou para ser massagista e aprendeu
como fazer seus próprios jeans. Ainda hoje, desenhar e costurar são hobbies seus. Durante um bate-papo com internautas em 2015, o empreendedor também explicou sua rotina matinal, fora do horário de empresário: ele acorda às 5 horas da manhã, medita durante 30 minutos, faz exercícios físicos e então prepara seu café.
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5. Jeff Bezos
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5/12 (Mario Tama / Getty Images)
O dono da Amazon e do Washington Post é conhecido por seu estilo de gestão exigente,
que frequentemente toma conta das manchetes sobre empreendedorismo. Seus hábitos fora do trabalho, assim como sua capacidade de pensar em estratégias,
são diversos. Diferente da maioria dos donos de empreendimentos, Bezos ressalta que é importantíssimo para ele dormir bastante: ele descansa oito horas todos os dias, como forma de combater o estresse. Há relatos de que ele leva um saco de dormir para a Amazon nos dias especialmente difíceis. Ele também não gosta de ter uma rotina pela manhã, evitando as reuniões e optando por passar mais tempo com a família. Bezos também cultiva um hobby extravagante: ele
procura foguetes descartados por oceanos (as partes que se desprendem durante o trajeto da nave espacial). O fundador da Amazon está especialmente interessado nos foguetes das missões Apollo, da NASA.
Veja, em vídeo, Bezos puxando um motor usado na missão Apollo 11.
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6. Larry Ellison
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6/12 (Louie Psihoyos/Latinstock)
Um bilionário resolve comprar uma grande ilha. Essa história soa comum, mas Larry Ellison não a adquiriu apenas para relaxar, como a maioria faz. O fundador da gigante de tecnologia Oracle investiu 300 milhões de dólares (na cotação atual, cerca de 750 milhões de reais) para comprar a ilha de Lanai, no Havaí, no ano de 2012. Ele detém 98% do território (o resto pertence ao governo ou às famílias tradicionais do local). O objetivo de Ellison é dar um novo fôlego ao local:
o Wall Street Journal conta que o empreendedor
construiu um hotel de ultraluxo, e quer revitalizar a agricultura local e criar um laboratório de sustentabilidade. A ideia é que seja uma comunidade economicamente viável e verde, o que inclui plantar frutas como mangas e abacaxis, produzir perfumes a partir das flores plantadas no local, criar adegas e usar a energia solar para converter água salgada em água potável. Ele também está reformando habitações, pavimentando estradas e expandido aeroportos (comprando, inclusive, a companhia aérea Island Air).
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7. Larry Page
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7/12 (David Paul Morris/Bloomberg)
Larry Page, co-fundador do Google, já tem muito o que fazer ao gerir uma das maiores empresas do mundo. Ele ajudou a elaborar projetos
como carros autônomos e
lentes de contato inteligentes na área de projetos especiais do Google, por exemplo. Quando Page tem um tempo livre da gigante de tecnologia, ele novamente volta a empreender. Desde 2010, o empreendedor usa seus próprios recursos para bancar o projeto
Zee.Aero, que quer desenvolver nada menos que carros voadores. Tudo começou quando um estranho escritório apareceu ao lado do quartel general do Google, em Mountain View (Califórnia). Ninguém sabia o que era feito lá; com o tempo, pesquisas de patentes e relatos confirmaram que a startup estava desenvolvendo esses veículos. Com base no testemunho de dez fontes,
a Bloomberg afirma que o empreendimento é mesmo de Larry Page. No segundo andar, havia um escritório com obras de arte caríssimas, uma parede escalável e até mesmo um dos primeiros motores de foguete da SpaceX – Page e Elon Musk são amigos (inclusive em termos de ambições científicas e tecnológicas). Com a expansão da Zee.Aero, esse segundo andar foi aberto para os funcionários: hoje, cerca de 150 membros fazem parte do sonho de Page.
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8. Mark Zuckerberg
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8/12 (Facebook/Mark Zuckerberg)
Além de comandar a rede social Facebook, todo ano Mark Zuckerberg se propõe uma meta. Em 2015, criou a página
A Year of Books: lá, prometeu ler um livro a cada duas semanas, e quem quisesse poderia curtir a página e acompanhá-lo na meta. Neste ano, o empreendedor se propôs outro projeto paralelo:
estudar mais sobre inteligência artificial. A ideia é construir uma espécie de Jarvis (a assistente pessoal do super-herói Homem de Ferro) que realize simples tarefas domésticas: controlar músicas, luzes, temperaturas. Depois, Zuckerberg deverá programá-la para tarefas mais complexas: reconhecimento visual, alertas de situações estranhas no quarto da filha de Zuckerberg, Max, e visualização de dados por meio de realidade virtual. Além da meta pessoal, o fundador do Facebook possui iniciativas filantrópicas: a Internet.org, que pretende democratizar a conexão online pelo mundo; e a Chan Zuckerberg Initiative, organização de Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, para promover desenvolvimento e igualdade social.
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9. Richard Branson
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9/12 (Getty Images)
Richard Branson é mais um empreendedor excêntrico: por meio da marca Virgin, ele é responsável
por mais de 400 companhias diferentes e já protagonizou momentos divertidos
ao se fantasiar de aeromoça e de noiva, por exemplo. Os vários projetos alternativos de Branson refletem seus interesses ecléticos: já faz tempo que ele se desviou de seus primeiros negócios, como a gravadora Virgin Records. Ele criou empresas para voos com balões, para refrigerantes e vodcas, para excursões de iate e submarino e até mesmo para quem quer ter a experiência de viver como um bilionário,
alugando as próprias residências de Branson.
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10. Sheryl Sandberg
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10/12 (Robyn Twomey/Corbis Outline/Latinstock)
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11. Warren Buffett
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11/12 (Daniel Acker/Bloomberg)
O megainvestidor Warren Buffett não fica acompanhando cotações o dia todo: além de reservar até seis horas por dia
para ler jornais e relatórios, Buffett possui um hobby bem musical. Ele toca o ukulele, um instrumento de cordas que se assemelha a um pequeno violão. Até em seus hobbies Buffett alcança altos voos - ele já fez duetos
com o cantor Jon Bon Jovi e
seu amigo Bill Gates, por exemplo.
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12. Quer conhecer mais sobre os grandes CEOs?
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12/12 (Thinkstock)