IDid: taxa de aprovação na internet deverá passar de 70% para 95% - mesmo patamar das compras offline com cartão físico (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
Natália Flach
Publicado em 28 de novembro de 2019 às 13h04.
Última atualização em 29 de novembro de 2019 às 12h32.
São Paulo - As lojas on-line têm caprichado nas ofertas na tentativa de atrair a clientela para a Black Friday, que acontece amanhã. O problema é que não basta entrar nos sites: os consumidores precisam de fato comprar. Mas a cada 1.000 visitantes apenas 14 finalizam a compra, segundo dados do E-commerce Radar.
Não fosse o bastante, dos 14, cerca de 30% têm sua compra negada seja por falta de crédito ou por problemas cadastrais. Para piorar, do total de transações aprovadas, cerca de 1,5% é fraude, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. E quem fica com o prejuízo? Os lojistas, que gastam cerca de 2% de seu faturamento em sistemas de antifraude e com as perdas.
Para tentar resolver o problema com pagamentos fraudulentos, será lançada nesta quinta-feiram, 28, a IDid, uma plataforma que permite fazer transações pela internet, sem uso de cartão físico ou virtual. Para concluir a compra, o consumidor receberá uma mensagem por push para confirmar que é ele que está fazendo a operação.
O uso da biometria será possível porque a IDid estará ligada tanto ao e-commerce quanto ao banco emissor do cartão. “Assim, dados sensíveis não saem do banco”, explica Gastão Mattos, diretor-geral da companhia.
Dessa forma, a taxa de aprovação das transações deverá passar de 70% para 95% - mesmo patamar das compras offline com cartão físico. “A expectativa é de que a Black Friday gire 3 bilhões de reais neste ano. Se a plataforma fosse massivamente usada o volume seria de 3,75 bilhões de reais”, calcula.
O modelo de remuneração da startup será cobrar uma taxa fixa e um valor variável de bancos e e-commerces, que serão ligados a partir do no que vem. “Vamos acabar com o cenário de risco ao assumir o combate à fraude.”
A IDid foi criada por Alexandre Pi, também fundador e acionista da Muxi, empresa focada em soluções para transações eletrônicas, e Daniel Oliveira, co-fundador da paySmart, uma fintech fundada em 2004, líder em tecnologia para pagamentos eletrônicos seguros para bandeiras regionais de débito, crédito e benefícios, com mais de 27 milhões de dispositivos e mais de 300 milhões de cartões emitidos.
Terá ainda em seu conselho administrativo Mario Mello, ex-presidente do PayPal para a América Latina e sócio de risco do Valor Capital Group.