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Em meio à escassez de crédito, Caixa libera R$ 25 bi às PMEs

O banco anunciou que durante a pandemia cerca de 200.000 micro e pequenas empresas assinaram contratos de crédito com a instituição

Pronampe: linha criada para PMEs durante a pandemia foi responsável por metade do volume dos empréstimos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Pronampe: linha criada para PMEs durante a pandemia foi responsável por metade do volume dos empréstimos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Carolina Ingizza

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 12h52.

A Caixa atingiu esta semana a marca de 25 bilhões de reais disponibilizados para micro e pequenas empresas nas principais linhas de crédito durante a pandemia da covid- 19. Ao todo, cerca de 200.000 empresas fecharam contratos.

No Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), foram contratados 12 bilhões de reais desde 16 de junho, quando o banco começou a operar a linha. No total, a linha colocou quase 30 bilhões de reais em empréstimos no mercado.

Pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), foram emprestados 10,5 bilhões de reais. No caso do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em parceria com o Sebrae, foram liberados 2,5 bilhões.

Apesar da quantia liberada pelo banco, o crédito para as micro e pequenas empresas está longe de atingir o volume necessário. Estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que elas precisam de cerca de 200 bilhões de reais para capital de giro.

Segundo o secretário, Carlos da Costa, do Ministério da Economia, os programas criados pelo governo durante a pandemia liberaram, em conjunto, 109 bilhões de reais.

Apesar de existências de linhas, muitas empresas enfrentam dificuldades devido a restrições no seus CPNJs ou falta de garantias reais. O Sebrae afirma que apenas 31% das MPEs que buscaram crédito conseguiram o dinheiro no mercado.

Ainda assim, existe dinheiro disponível para crédito. O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), que tem vigência até 31 de outubro de 2020, tem orçamento de 17 bilhões, mas só emprestou 6,5 bilhões de reais até então.

A dificuldade de levar o capital até ponta faz o governo cogitar transferir mais recursos para o Pronampe. O Ministério da Economia está conversando com o Congresso e o Banco Central para lançar uma terceira fase do programa, que poderia contemplar mais empresas com o crédito.

 

 

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