Caixa: segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, havia fila de espera pela linha de financiamento (Germano Lüders/Exame)
Natália Flach
Publicado em 18 de junho de 2020 às 17h32.
Em apenas dois dias, a Caixa já fechou 3.000 contratos de concessão de crédito pelo Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Isso representa a liberação de 160 milhões de reais. De acordo com as regras do programa, o valor emprestado pode chegar a 30% da receita bruta anual das micro e pequenas empresas, e a linha tem uma carência de oito meses, com taxa de juros Selic + 1,25% ao ano e financiamento em 28 parcelas.
No dia do anúncio da nova linha de financiamento, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que já havia fila de espera pela concessão. Não é por um acaso. Por mais que existam outras linhas de financiamento oferecidas no mercado, o dinheiro custa chegar ao empreendedor. Segundo Hélio Ferraz, vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, há casos em que bancos cobram garantias, o que não se adequa à realidade do pequeno empresário. Para se ter ideia, uma linha de 5 bilhões de reais disponibilizada pelo BNDES, alcançou a metade até agora.
A estimativa do Sebrae é que de 20% a 25% das micro e pequenas empresas fechem por causa da pandemia. Quem perde com isso é o país. As microempresas, com faturamento anual de até 360.000 reais, e as empresas de pequeno porte, que faturam até 4,8 milhões de reais, são vitais para a economia.