Rafael Borges, Pedro Meneghetti e Rodrigo Sztelzer, sócios do Have a Nice Beer: em busca de 1001 rótulos (Divulgação/Have a nice beer)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 06h00.
São Paulo – Todos os meses, cerca de 16 mil garrafas de cerveja de alguma parte do mundo chegam na casa dos mais de 4 mil sócios do serviço de bebidas por assinatura Have a Nice Beer. São rótulos dos Estados Unidos, da República Checa, da Alemanha e vários outros países que devem fazer a empresa, criada no ano passado, faturar 3 milhões de reais em 2012.
A startup começou da vontade de Pedro Meneghetti provar bebidas de vários países. Ele ganhou do amigo, e hoje sócio, Rafael Borges, o livro “1001 cervejas para beber antes de morrer” e a dúvida de como provar boa parte daquelas bebidas listadas na obra. “A gente ficou com a pulga atrás da orelha de como fazer para tomar todas as cervejas do livro. Não tínhamos tempo ou dinheiro para viajar o mundo atrás das cervejas”, conta Borges.
Com base no modelo de vendas por assinatura, os jovens empreendedores largaram os empregos e resolveram investir no negócio. “Juntando essa pulga atrás da orelha e o fato de já estar meio de saco cheio dos nossos empregos, surgiu a ideia de fazer uma empresa que ia trazer as cervejas para o Brasil. A partir disso, a gente fez um plano de negócios, captou o investidor e oito meses depois colocou no ar”, conta. No meio do caminho, a dupla ganhou um novo sócio, Rodrigo Sztelze, responsável pela parte de desenvolvimento do site.
Com um investimento anjo de 200 mil reais, a empresa fez parcerias com importadoras que trazem as bebidas ao Brasil com exclusividade, na maior parte das vezes. “A gente trabalha com parceiros importadores no Brasil que também nos ajudam a prospectar rótulos no exterior. A nossa seleção se dá por disponibilidade de rótulos prontos ou aptos a serem trazidos para cá, até porque existem diversos entraves burocráticos para importar cerveja”, conta Borges.
O cliente paga uma mensalidade de 68,90 reais para receber um kit com 4 garrafas, de duas marcas diferentes, e uma revista sobre o assunto. “De tempos em tempos, a gente seleciona outro rótulo e oferece sob encomenda. Buscamos trabalhar com rótulos exclusivos ou em primeira mão”, diz. A empresa ganha com uma margem sobre o preço das bebidas. Borges explica que, por enquanto, só cervejas importadas estão sendo disponibilizadas. “Ainda não fechamos um negócio bom para ambos os lados no mercado nacional”, diz.
Ainda longe das 1001 cervejas – até agora foram 32 seleções -, a empresa prevê um faturamento de 3 milhões de reais neste ano, com crescimento de 10% ao mês. O próximo passo agora é levar o clube para o mundo físico. “Em breve, teremos uma sede física em São Paulo para os associados, com encontros e eventos. Vai ter um espaço para o associado se encontrar e tomar uma cerveja boa, como um bar fechado para poucos convidados”, conta.