Dia das Crianças: este ano, foram 6,58 milhões de pedidos no e-commerce, com tíquete médio de 472 reais (Tony Anderson/Getty Images)
Carolina Ingizza
Publicado em 15 de outubro de 2020 às 09h54.
O e-commerce continua a crescer em 2020. As vendas pela internet, aceleradas pela pandemia de coronavírus no Brasil, registraram alta de 28% em relação a 2019 para o Dia das Crianças deste ano. Dados da consultoria Ebit/Nielsen mostram que o total faturado com as vendas de produtos para a data comemorativa soma 3,1 bilhões de reais.
O estudo considera as vendas feitas entre 27 de setembro e 11 de outubro, na véspera da comemoração. Ao todo, foram 6,58 milhões de pedidos, com tíquete médio de 472 reais.
A região Sudeste foi responsável por quase metade do total de pedidos (3,73 milhões), seguida pela região Sul, com 1,29 milhão de pedidos, e Nordeste, com 1,03 milhão de compras.
A alta segue a tendência de 2019, quando as vendas online para a data subiram 24% em relação ao ano anterior, somando 2,44 bilhões de reais. Este ano, com as crianças isoladas em casa e o hábito de compra online mais arraigado, o crescimento é natural.
Segundo a Ebit, o principal meio para compras foram os dispositivos mobile, com 52% do total de pedidos e 50% do faturamento. Na comparação com 2019, o uso de dispositivos móveis para compras cresceu 17% e teve faturamento 51% maior.
“O resultado evidencia a força do e-commerce neste ano, que tem apresentado crescimento expressivo. O consumidor, por conta da pandemia do coronavírus, buscou a comodidade e a facilidade das compras online. E o comércio soube usar suas ferramentas para ampliar as vendas”, afirmou Julia de Avila, líder da Ebit/Nielsen.
No primeiro semestre de 2020, o e-commerce cresceu 47% no Brasil, totalizando 38,8 bilhões de reais em vendas. O comércio eletrônico já vinha crescendo nos últimos anos e estava projetado para crescer 18% em 2020 antes da pandemia. Porém, é inegável o efeito propulsor que o isolamento social teve no comportamento de compra.
O pico das vendas online aconteceu entre 5 de abril e 28 de junho, quando a maior parte das cidades brasileiras estava com medidas para conter a circulação de pessoas. Nesse intervalo, o número de pedidos cresceu 70% na comparação com 2019.