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A Dyson ajuda na faxina com opções high tech

O inglês James Dyson fez sua empresa, a Dyson, crescer ao incluir novas tecnologias em eletrodomésticos comuns, como aspiradores de pó -que hoje são vendidos em 45 países

James Dyson: "Gosto de olhar para os eletrodomésticos convencionais e imaginar como poderia fazê-los de modo diferente"
 (Divulgação)

James Dyson: "Gosto de olhar para os eletrodomésticos convencionais e imaginar como poderia fazê-los de modo diferente" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 05h00.

Londres - Existem produtos que fazem parte do cotidiano dos consumidores há tanto tempo que é difícil imaginar como fazê-los de modo diferente. O britânico James Dyson, de 64 anos, criou uma empresa que fatura 1 bilhão de dólares por ano ao bolar novas tecnologias para melhorar o desempenho de eletrodomésticos tão comuns quanto aspiradores de pó e ventiladores.

No final dos anos 70, ele costumava ajudar sua mulher, Deirdree, nas tarefas domésticas limpando os tapetes — e aborrecia-se um bocado sempre que precisava trocar o saquinho do aspirador, onde a poeira se acumulava, entupindo o aparelho.

Dyson, um designer que já havia ajudado a projetar de veículos anfíbios a ferramentas para construção, teve a ideia de criar um aparelho que não entupisse. Foi a origem da Dyson Appliance. "Gosto de olhar para os objetos e pensar em como poderiam funcionar melhor", diz Dyson.

Dyson concluiu que os aspiradores de pó convencionais tinham um problema de engenharia. Boa parte dos entupimentos era causada pelo acúmulo de poeira no saquinho, que impedia que o ar continuasse sendo sugado pelo aparelho. Ele inventou então um sistema para centrifugar o ar e separar a sujeira num compartimento à parte do aspirador, permitindo que o ar continuasse sendo aspirado.

Durante quatro anos, Dyson construiu 5;217 protótipos num laboratório caseiro até chegar a um modelo que julgasse capaz de ser vendido em grande escala. Depois, procurou fabricantes de eletrodomésticos para tentar vender seu projeto.


No começo, suas ideias foram recusadas por empresas como Electrolux e Hoover, uma das maiores fabricantes de aspiradores da Inglaterra — até que, em 1983, ele conseguiu licenciar seu modelo para uma empresa japonesa. Doze anos depois, Dyson havia juntado recursos suficientes para abrir sua própria empresa para lançar o aspirador no Reino Unido. "Um ano e meio depois, meus aparelhos eram os mais vendidos do país", diz ele. 

Desde então, a Dyson se transformou numa companhia especializada em inovar no design e na tecnologia dos eletrodomésticos. Além do aspirador sem saquinho, a empresa desenvolveu ventiladores sem hélices e um modelo de secador que impulsiona um jato de ar frio a mais de 600 quilômetros por hora para secar as mãos.

Em 2010, a Dyson obteve o segundo maior número de patentes registradas no Reino Unido, perdendo apenas para a Rolls-Royce. "Incentivo meus engenheiros a pensar de forma diferente do convencional", diz Dyson. "Eles não devem ter medo de errar."

Os investimentos em tecnologia acabam pesando nos custos da empresa. Seus eletrodomésticos custam até três vezes mais que os modelos convencionais. Dyson afirma não se preocupar com os preços — boa parte de seus consumidores tem alto poder aquisitivo e não se importa em pagar mais por um produto mais sofisticado.

No ano passado, mesmo com a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos — os principais mercados da Dyson —, as vendas da empresa aumentaram 15%. "Dyson conseguiu transformar um simples aspirador de pó em um símbolo de status", diz Nick Platt, especialista em varejo da consultoria GfK.

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