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E-commerce Shopper passa a vender hortifrútis após aporte de R$ 120 mi

O intuito dos empreendedores Bruna Vaz e Fábio Rodas Blanco é incentivar a compra de alimentos frescos pela internet, um mercado ainda potencial no Brasil

Bruna Vaz e Fábio Rodas Blanco, da Shopper: modelo de compra programada traz menos desperdícios, dizem os empreendedores (Divulgação/Divulgação)

Bruna Vaz e Fábio Rodas Blanco, da Shopper: modelo de compra programada traz menos desperdícios, dizem os empreendedores (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 26 de julho de 2021 às 15h55.

Última atualização em 26 de julho de 2021 às 16h04.

Quase dois meses após receber 120 milhões de reais numa rodada de investimentos com gente de peso no varejo brasileiro, como José Galló (Renner) e Juscelino Martins (Grupo Martins), o supermercado online Shopper anuncia o início da venda de frutas, verduras e outros produtos perecíveis dentro da plataforma.

A Shopper segue o modelo de compras programadas: o consumidor monta sua cesta, seleciona o dia de entrega e finaliza sua compra. A partir de então, recebe em casa suas compras todos os meses. Uma lista default de compras fica salva no site ou app e uma entrega fica automaticamente pré-agendada para cada mês. O cliente recebe lembretes todos os meses para alterar sua lista antes das próximas entregas - ou até alterar a data de entrega, se precisar antecipar, adiar ou pular uma entrega.

Para baratear as coisas, a Shopper compra os itens diretamente dos fabricantes, sem atravessadores e nem lojas físicas. Como as compras junto aos fornecedores são feitas com antecedência, a empresa consegue comprar dos fabricantes após a confirmação do pedido do cliente e ter baixo nível de estoque, o que reduz custos.

Por ser uma compra programada, há muito menos desperdício, dizem os empreendedores Bruna Vaz e Fábio Rodas Blanco. O motivo: a Shopper só compra os itens dos produtores depois de já ter vendido para o consumidor. O supermercado tradicional tem a lógica inversa: compra para depois expor e vender. Parte disso não é vendido e vira lixo. A Shopper vende e só depois compra, o que reduz desperdícios por erros de previsão de vendas.

O intuito é incentivar o consumidor a comprar alimentos frescos pela internet. “Vimos que as pessoas se sentem confortáveis em comprar diversos produtos online, mas frutas e verduras ainda não", diz Bruna. "Estudamos esse mercado há pouco mais de 2 anos."

Além de frutas, legumes e verduras, a compra programada Fresh também oferece outros produtos frescos, como sucos, leite, frios, refrigerados em geral, itens de padaria e congelados. Ao todo, serão quase 2 mil itens na plataforma para esse novo formato.

Crescimento aliado à expansão

Junto com essa nova frente de negócio, a Shopper tem ainda investido seu crescimento na chegada a mais municípios. Também após o recebimento do aporte de 120 milhões de reais, a startup expandiu seu negócio para mais 21 cidades de São Paulo, refletindo assim a alta demanda pelo modelo de compra programada e expansão do varejo online. Com isso, a Shopper tem levado seus serviços para a capital paulista e mais 47 municípios. Até o final do ano, a expectativa é chegar a até 60 cidades no estado.

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