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Em novo programa, Distrito vai conectar empresas a fintechs e healthtechs

A startup brasileira criou uma iniciativa de inovação aberta, chamada de Digital Hubs, para ajudar companhias a se relacionar com startups

Gustavo Gierun, David Laloum e Gustavo Araujo, sócios do Distrito: a startup foi fundada em 2014 para ser um hub de inovação no ecossistema brasileiro de tecnologia (Paulo Henrique Teodoro/Distrito/Divulgação)

Gustavo Gierun, David Laloum e Gustavo Araujo, sócios do Distrito: a startup foi fundada em 2014 para ser um hub de inovação no ecossistema brasileiro de tecnologia (Paulo Henrique Teodoro/Distrito/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 09h18.

Uma semana após receber um investimento da Via Varejo, a startup Distrito anuncia um novo programa de inovação aberta, para aproximar grandes empresas do ecossistema de startups. A empresa criou plataformas, chamadas de Digital Hubs, para que as companhias possam se conectar a mais de 12.000 startups brasileiras mapeadas. No lançamento, as fintechs e healthtechs serão os primeiros setores atendidos.

"A vantagem competitiva de uma empresa que aplica inovação aberta é brutal em relação à sua concorrência. Enquanto a corporação tradicional cria produtos e serviços utilizando somente recursos internos, aquela que é aberta agrega a capacidade de todo o ecossistema de empreendedores e startups a sua equação de geração de novos produtos e modelos de negócio", afirma Gustavo Araujo, cofundador e presidente do Distrito.

Com os Digital Hubs, as companhias clientes poderão acessar quando quiserem a base de dados de startups, universidades e empreendedores do Distrito. Além disso, pela plataforma, as empresas poderão criar desafios corporativos para que as startups se candidatem a resolver problemas.

O modelo criado pelo Distrito prevê que vários funcionários das companhias clientes tenham acesso ao sistema. Segundo os sócios, isso é para descentralizar as decisões de inovação pela empresa, permitindo que várias áreas se relacionem diretamente com as startups. "Entendemos que a transformação digital só acontece de fato quando há engajamento em todos os níveis e áreas", diz Araujo.

Para acessar o sistema, as empresas precisarão pagar uma anuidade, que varia de acordo com o tamanho do cliente e os serviços inclusos. No lançamento, 25 companhias já se inscreveram para usar o produto, entre elas HDI Seguros, KPMG, AstraZeneca, Unimed, Banco BV, Abbott e Johnson & Johnson.

O primeiro Digital Hub, de fintechs, começa a funcionar em dezembro. Em janeiro, será a vez do de healthtechs, para empresas do setor de saúde. Ao longo de 2021, a meta é construir hubs de varejo, indústria 4.0, marketing, agronegócios, construção civil, alimentação e ESG.

Há um movimento no mercado em que hubs de inovação, incubadoras e aceleradoras se especializam em fazer a conexão entre grandes empresas e startups. As antigas aceleradoras ACE e a Liga Ventures, por exemplo, criaram modelos de negócio nesse sentido. O próprio Distrito já trabalha com 65 empresas que queriam se aproximar das 300 startups que estão conectadas a sua plataforma.

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