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Demanda de pequenas empresas por crédito cresce 1,82% em outubro

Para o presidente da CNDL, a a queda na comparação anual ainda refletem a resistência dos empresários em assumir compromissos de longos prazo

Pendências de crédito não prejudicam concurseiroprejudicam

Pendências de crédito não prejudicam concurseiroprejudicam

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Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 19h50.

São Paulo - A intenção das micro e pequenas empresas em contratar crédito nos próximos três meses ainda permanece muito baixa, mas apresentou leve alta em outubro na comparação com setembro, mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 24, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL).

O indicador, que varia de 0 ponto a 100 e é calculado a partir de várias perguntas a empresários, saltou de 12,04 para 12,26 pontos, avanço de 1,82%. A demanda por crédito, no entanto, caiu 6,76% em relação a outubro do ano passado.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o baixo crescimento em relação a setembro e a queda na comparação anual ainda refletem a resistência dos empresários em assumir compromissos de longos prazo.

"Nem a proximidade de fim de ano, período em que o consumo tende a aumentar e requer mais investimentos, tem sido suficiente para os micro e pequenos empresários tomarem crédito", afirma.

Em proporção, apenas 5,9% dos micro e pequenos empresários manifestam a intenção de buscar crédito em três meses. Nove em cada dez (88,2%) não têm interesse em contratar qualquer linha de financiamento para seus negócios.

"As condições macroeconômicas adversas e a ainda frágil perspectiva de recuperação em 2017 reforçam a reticência do micro e pequeno empresariado brasileiro diante do cenário de recessão", diz o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

De acordo com o levantamento, mais de um terço (36,8%) dos empresários ouvidos consideram que atualmente está "difícil ou muito difícil" ter crédito aprovado.

Segundo os entrevistados, as modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas são empréstimos (29,5%), financiamento em instituições financeiras (16,1%) e crédito junto a fornecedores (13,3%).

Além disso, as principais razões para a dificuldade de obter esse dinheiro extra são os juros elevados (50,3%) e a burocracia (37,1%).

Outro indicador apurado é o de intenção de investimentos das micro e pequenas empresas, que caiu 14,68% na comparação entre outubro deste ano com o mesmo mês de 2015, para 25,5 pontos.

Já em relação a setembro, assim como na intenção de contratar crédito, também houve alta, de 5,59%.

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