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De olho no live commerce, Adaction e Inflr compram Alive por R$ 55 mi

A startup Alive auxilia criadores de conteúdo a venderem por lives; aquisição vem para criar holding de marketing digital

Em pé, da esquerda para direita: Timóteo Gomes, Thiago Brandão e Thiago Cavalcante. Sentados: Bruno Niro, Felipe Piazza e Gabriel Reginatto, fundadores da Adaction, Inflr e Alive (Richard Cheles/Adaction/Divulgação)

Em pé, da esquerda para direita: Timóteo Gomes, Thiago Brandão e Thiago Cavalcante. Sentados: Bruno Niro, Felipe Piazza e Gabriel Reginatto, fundadores da Adaction, Inflr e Alive (Richard Cheles/Adaction/Divulgação)

A Adaction e a Inflr, startups de marketing digital e de influência, estão de olho na criação de uma holding no setor. O primeiro passo para isso se dá na aquisição da startup Alive, dedicada ao live commerce, por R$ 55 milhões. Agora o valuation do grupo já está na casa do bilhão.

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Em alta em economias digitais como a da China, o live commerce é um modelo que propõe ser a evolução do varejo digital. O modelo nada mais é do que a experiência de compra online, mas ao vivo, por transmissões e interações com vendedores e influenciadores em tempo real.

A Alive surgiu justamente após uma temporada do fundador Gabriel Reginatto em terras chinesas, onde trabalhou com os ecossistemas de e-commerce da gigante do comércio eletrônico Alibaba. Diferente do e-commerce tradicional, o live commerce acontece sem  anúncios estáticos como nos marketplaces, e permite uma resposta rápida do consumidor — o que, na ponta, ajuda anunciantes a entenderem o que de fato é demandado. “A proposta da Alive é trazer ferramentas que possam ajudar criadores a monetizar melhor via e-commerce, entender seu público e se aproximar dele”, diz Reginatto.

Na visão de Bruno Niro, CEO da Adaction, a expansão para o novo formato permite uma certa flexibilidade no preço final pago por empresas que querem espalhar anúncios pela internet. “Os anúncios estão mais caros, assim como todo o marketing digital como um todo”, diz.

Com a Alive, o grupo formado pela Adaction e Inflr dá tração ao varejo digital, além de driblar a falta de público em transmissões desconexas feitas por marcas com conteúdos específicos. “Fomos bombardeados por lives na pandemia, mas em um determinado momento isso deixou de fazer sentido”, diz Thiago Cavalcante, CEO da Inflr. “Agora, com a união do app, do marketing de influência e o live commerce com inteligência de dados, temos um ciclo completo”.

A chegada da Alive também ajuda as outras duas empresas a inserir conteúdo no e-commerce, melhorando a experiência de compra e indo além dos posts patrocinados. De outro lado, a aquisição vai potencializar a escala da Alive, que passa a ter acesso à rede de influenciadores da Inflr e à carteira de clientes da Adaction — na lista estão o Banco Pan, Bradesco, Next, Magazine Luiza e iFood.

Com a intenção de se tornar uma holding de marketing digital, Inflr e Adaction (que em breve devem ter um único nome), não descartam novas aquisições. Diante disso, o grupo deve faturar R$ 180 milhões neste ano, R$ 63 milhões a mais do que no ano passado.

Além das aquisições, as duas empresas também pretendem criar ferramentas financeiras para criadores de conteúdo, como cartões e contas digitais para receber os pagamentos pelos conteúdos veiculados. A longo prazo, também vão criar uma solução que permite a criação de lojas independentes e inserir conteúdo de criadores dentro de aplicativos de grandes marcas. O modelo, segundo o fundador da Inflr, está em testes com empresas.

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