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Darwin: startup leva aporte de R$ 11 mi e quer dados para baratear seguros

Rodada liderada pelos fundos Duxx e Invisto teve anjos com passagens por negócios como Softbank e Rappi. Negócio quer usar tecnologia para conhecer clientes

Firmino Freitas e Carlos Alberto Souza Barros, sócios-fundadores da Darwin: em busca de aumentar a venda de seguros no Brasil (Divulgação/Divulgação)

Firmino Freitas e Carlos Alberto Souza Barros, sócios-fundadores da Darwin: em busca de aumentar a venda de seguros no Brasil (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 21 de julho de 2021 às 10h00.

Última atualização em 21 de julho de 2021 às 14h05.

A insurtech Darwin, dedicada a trazer tecnologia para o mercado de seguros, anuncia nesta quarta-feira, 21, um aporte seed money de 11 milhões de reais.

A primeira rodada da Darwin, fundada no começo de 2021, tem a participação dos fundos de venture capital Invisto e Duxx, voltados a negócios com fintechs e agora no mercado de seguros no rol de sócios da Duxx estão Marcos Couto, profissional com mais de 30 anos de experiência neste setor, e Daniel Matumoto, head de investimentos do fundo.

O investimento tem ainda nomes de peso como anjos, a exemplo de Felipe Affonso, ex-diretor do Softbank Brasil, Antonio Lemos, ex-CEO da locadora de veículos Unidas, Ricardo Bechara, um dos fundadores da Rappi Brasil, além de Fernando Julianelli, CEO da competição automobilística Stock Car, e Enrico Ventura, ex-diretor geral da Bradesco Seguros Auto.

O negócio da Darwin é colocar uma pitada de inteligência artificial e análise de dados no mercado de seguros um setor em busca de boas ideias para de fato deslanchar no Brasil.

O primeiro serviço da Darwin será um seguro para automóveis. A expectativa é conseguir as autorizações necessárias para colocá-lo no mercado no primeiro trimestre de 2022.

No seguro da Darwin, o intuito é premiar os motoristas mais prudentes com apólices mais em conta que os de motoristas mais agressivos ou barbeiros. E, na prática, poder oferecer serviços a um preço mais baixo que o da concorrência a partir de uma análise acurada do perfil dos clientes.

Para isso, um aplicativo da Darwin, em fase final de desenvolvimento, quer usar os dados de sensores de telemetria para mensurar informações relevantes sobre o estilo de direção de um motorista, como a velocidade média, o jeito de pegar no volante, a quantidade de checagens de informações no celular com o carro em movimento, e assim por diante.

Tudo isso vai alimentar um score próprio de cada cliente. "Isso permitirá a criação de parâmetros de precificação mais precisos e adaptáveis para o cálculo do prêmio de cada pessoa", diz Firmino Freitas, um dos sócios-fundadores da Darwin.

"Não haverá o sistema padrão de “preço médio” do seguro para consumidores com perfis semelhantes, usado por boa parte da concorrência, mas que acaba criando médias injustas." Além disso, a promessa é reduzir a papelada na contratação do produto.

Freitas é administrador de empresas e foi sócio da RGS Partners, uma das principais boutiques de M&A e captação de recursos do Brasil, e diretor de M&A da Grupo BBM Logística, uma das principais empresas de logística da América Latina.

Ao lado dele na empreitada está o também administrador Carlos Alberto Souza Barros, que já passou pela tesouraria do banco Goldman Sachs e foi sócio do Grupo Stone Co, onde era o responsável pela tesouraria, mercado de capitais offshore, gestão de risco financeiro, precificação e mesa de antecipação de grandes clientes. No time de executivos estão nomes vindos de grandes empresas como TIM, Loggi, Movile, Bradesco Seguros e HDI Seguros.

A empresa decidiu começar no ramo de automóveis, porque identificou uma alta demanda reprimida no segmento. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSEG), em 2020, este mercado é de cerca de 35 bilhões de reais com apenas 30% da frota brasileira é assegurada. A insurtech espera receber a autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para iniciar seu funcionamento até o fim do ano.

O mercado auto é o primeiro passo de um plano ambicioso dos sócios da Darwin para o mercado de seguros. “A expansão do portfólio de produtos devem incluir outros ramos como o residencial e celular, além da oferta de produtos financeiros que tenham sinergias com a nossa carteira de clientes, como o crédito para pessoa física", diz Souza Barros. "Esperamos atingir um milhão de pessoas nos primeiros cinco anos de operação do nosso ecossistema de produtos e soluções.”

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