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Da Colômbia, startup Playvox recebe US$ 25 mi e quer expandir no Brasil

Boa parte dos recursos vai às atividades da empresa no Brasil, onde já atua com grandes clientes do mercado financeiro e deve ser usado na aquisição de concorrentes

O empreendedor Oscar Giraldo, fundador da Playvox: aporte de capital para ampliar presença no Brasil (Divulgação/Divulgação)

O empreendedor Oscar Giraldo, fundador da Playvox: aporte de capital para ampliar presença no Brasil (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 10h00.

A startup colombiana Playvox, dedicada a tecnologias para facilitar o dia a dia dos funcionários de call centers, acaba de receber aporte de 25 milhões de dólares (aproximadamente 125 milhões de reais).

Boa parte dos recursos deve ser destinada às atividades da empresa no Brasil, onde já atua com grandes clientes do mercado financeiro como o banco Nubank e o sistema de pagamentos Ebanx.

O aporte é liderado pelo Five Elms, fundo aberto em 2007 no Vale do Silício para investimentos em negócios de tecnologia voltados a suprir as carências de tecnologia de outras empresas – como é o caso da Playvox.

A proposta de valor da Playvox é, entre outras coisas, resolver perrengues do trabalho de atendimento a clientes num call center – uma tarefa nada fácil.

O fato de aguentar diariamente clientes muitas vezes à beira de um ataque de nervos com as soluções propostas pelas empresas aos problemas fazem essa mão de obra sofrer com taxas altas de absenteísmo do trabalho ou mesmo de traumas causados pela labuta.

Entre as soluções dadas pela Playvox estão sistemas para automatizar a voz de clientes – e, dessa maneira, ajudar o atendente de call center a reconhecer mais rapidamente quem está do outro lado da linha.

O negócio foi fundado em 2012 pelo empreendedor colombiano Oscar Giraldo após anos de experiência em empresas de call center na América do Sul. "Percebi que os contact centers (praticamente um sinônimo a call center) costumavam tratar seus agentes como máquinas", diz ele, natural de Manizales — uma pequena cidade no coração das montanhas colombianas.

Atualmente, nove anos depois, a empresa tem 200 clientes em todo o mundo, entre eles gigantes da da tecnologia como o organizador pessoal Dropbox e a empresa de games Electronic Arts. Os funcionários estão divididos em escritórios na Colômbia, Estados Unidos e São Paulo.

Com clientes no Brasil desde 2015, a Playvox iniciou oficialmente sua operação local em agosto de 2019, com a contratação de Fernando Bertolla, executivo com mais de dez anos de experiência na indústria SaaS, tendo atuado em empresas de tecnologia como Plusoft, ExactTarget e Salesforce.

"Com rápido crescimento e grande potencial, o mercado brasileiro é extremamente importante para os negócios da Playvox", diz Bertolla. Não por acaso, a empresa planeja dobrar o tamanho do time e das suas operações locais ao longo de 2021.

Com a rodada de investimentos, a ideia dos sócios da Playvox é ampliar a estratégia de aquisição de concorrentes.

Em fevereiro do ano passado, a Playvox adquiriu a Trainbox, startup americana especializada em treinamento e educação corporativa.

Até agora, a Playvox já havia arrecadado 9 milhões de dólares em outras rodadas de investimento.

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