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Startup que ajudou a combater a covid-19 no RJ recebe aporte de R$ 28 mi

A brasileira CyberLabs, que trabalha com inteligência artificial, recebeu 28 milhões de reais em rodada liderada pela Redpoint eventures

Marcelo Sales, cofundador e presidente da CyberLabs: antes de criar a startup, o empreendedor ajudou a cofundar a Movile, dona do iFood e PlayKids (CyberLabs/Divulgação)

Marcelo Sales, cofundador e presidente da CyberLabs: antes de criar a startup, o empreendedor ajudou a cofundar a Movile, dona do iFood e PlayKids (CyberLabs/Divulgação)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 18h27.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 19h08.

Foi em plena pandemia que a startup brasileira CyberLabs, fundada em 2017 no Rio de Janeiro, recebeu seu primeiro investimento. A startup, que trabalha com inteligência artificial (IA), anunciou nesta terça-feira, 25, ter recebido 28 milhões de reais em uma rodada liderada pelo fundo Redpoint eventures. Com o aporte, a empresa vai investir nas áreas de vendas, marketing e pesquisa.

O negócio foi fundado pelo engenheiro de computação Marcelo Sales, cofundador da Movile (dona do iFood e da Playkids) e da aceleradora carioca 21212. A empresa trabalha com IA para identificação digital de pessoas, o que a permite atuar em diversas frentes de negócios. O principal produto da startup hoje é o aplicativo KeyApp, que faz o controle de acesso de funcionários, moradores, entregadores em condomínios com base em reconhecimento facial.

Mas suas tecnologias podem ser aplicadas em outros tipos de problema também. Durante o período de isolamento social, em parceria com o governo do Rio de Janeiro, a startup ajudou a mapear aglomerações em espaços públicos utilizando a rede de câmeras de segurança da cidade. Unindo tecnologias como imagem computacional e machine learning, a empresa conseguia contar o volume de pessoas nas diferentes regiões da capital, medindo o nível de isolamento por bairro.

Com a ajuda do Centro de Operações Rio e a empresa Clear Channel, as informações sobre o isolamento eram divulgadas em tempo real nos relógios digitais espalhados pela cidade. Ciente dessas informações, a prefeitura do Rio de Janiero pôde direcionar melhor as medidas de combate à transmissão da doença.

“A covid-19 está se mostrando uma das maiores crises em gerações e um grande desafio para o Brasil. A CyberLabs foi incrivelmente ágil em alavancar a tecnologia desenvolvida nos últimos anos para resolver esses desafios tanto durante a crise quanto na preparação para um retomada segura”, afirmou Anderson Thees, confundador e sócio da Redpoint eventures.

Próximos passos

A CyberLabs deve lançar nos próximos meses um novo produto para que as empresas possam controlar a entrada dos prédios de maneira segura durante a volta aos escritórios. Além do KeyApp para validar a identidade dos usuários, a startup está desenvolvendo um sistema que mede a temperatura das pessoas com uma câmera térmica acoplada a um tablet.

A longo prazo, o plano da companhia é digitalizar os documentos de identificação de todos os brasileiros. O desejo da empresa é que cada um dos 200 milhões de cidadãos consiga carregar em seu smartphone um arquivo que comprove sua identidade. Para isso, ela aposta em uma combinação de reconhecimento de rosto e de voz.

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