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Copa de 2014 será das pequenas empresas, diz economista

Economista-chefe do banco Itaú, estimou que até 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) deva crescer 0,5% a cada ano a mais do que se não houvesse o mundial

Segundo os dados apresentados por Goldfajn, os investimentos podem gerar nos próximos três anos cerca de 250 mil empregos (SXC.hu)

Segundo os dados apresentados por Goldfajn, os investimentos podem gerar nos próximos três anos cerca de 250 mil empregos (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 10h52.

São Paulo – “Se eu tivesse que apostar, diria que esta será a Copa da pequena empresa”, observou o economista-chefe do banco Itaú, Ilan Goldfajn, que participou na quarta-feira (30) do Seminário Itaú Empresas, Copa do Mundo da Fifa 2014. Segundo ele, os pequenos negócios brasileiros estão investindo na qualificação, atentos às oportunidades do torneio.

Participante do seminário, a empresária Maria Claudia Salaro, junto com o marido, criou em 2007 a Solution Idiomas, em Santos, no litoral paulista. Há quase cinco anos, ela treina professores e instrutores que poderão fazer parte do “cardápio de produtos” criados pela Solution. Recentemente, seu esposo obteve na Espanha uma certificação de espanhol para turismo e negócios. “Com isso, vamos capacitar instrutores que possam trabalhar com essa metodologia”, adianta Maria Claudia.

O seminário trouxe também o empresário Fred Pollastri, que representa a Octagon Brasil (braço de uma multinacional americana). “Aqui, a Octagon é pequena. Em 2007, tínhamos a empresa B2S, de marketing esportivo, e nos juntamos com a multinacional. Agora, toda a minha equipe viaja no final do ano para capacitação na matriz, nos Estados Unidos. Nosso objetivo é atender a todos os eventos esportivos que acontecerão no Brasil nos próximos anos”, disse.

Mapa

Para o superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano, um dos debatedores no seminário, as duas empresas estão no caminho certo. “A Copa do Mundo é agora e as oportunidades estão aqui no Brasil”. Caetano citou o estudo realizado pela FGV a pedido do Sebrae que mapeou mais 900 oportunidades de negócios em todo o País para as micro e pequenas empresas durante a Copa. O levantamento pode ser acessado aqui.


“As pequenas empresas devem aproveitar os eventos esportivos para melhorar o processo produtivo e acessar novos mercados. O Sebrae em São Paulo atua em três fases: pesquisa e planejamento, capacitação e grandes rodadas de negócios. Pensamos no encadeamento produtivo”, disse o superintendente.

Investimentos e crédito

O economista-chefe do banco Itaú, Ilan Goldfajn, estimou que até 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) deva crescer 0,5% a cada ano a mais do que se não houvesse o mundial. “Em 2012, a economia irá crescer cerca de 3,5%, motivada principalmente pelos preparativos da Copa”, comentou.

Segundo os dados apresentados por Goldfajn, os investimentos podem gerar nos próximos três anos cerca de 250 mil empregos. A “Marca País” deverá ser outro grande impacto que a Copa do Mundo de 2014 trará ao Brasil.

“Um estudo americano mostra que o país que sedia uma Copa do Mundo eleva em cerca de 30% suas exportações. Se pensarmos que no Brasil as exportações representam 15% do PIB, podemos medir o impacto da marca”, observou.

O diretor de Produtos do Itaú, Marcos Maccariello, destacou que o crédito do banco para pequenas e médias empresas até novembro deste ano ficou em torno de R$ 100 bilhões, sendo que 65% foram concedidos.

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