Conta.Mobi: fintech já tem mais de 30 mil microempreendedores usando o serviço (Conta.Mobi/Reprodução)
Naiara Bertão
Publicado em 4 de outubro de 2017 às 18h38.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 15h31.
São Paulo — A fintech Conta.Mobi acaba de firmar uma parceria com os Correios para permitir que pequenos empresários ou pessoas físicas que trabalhem como autônomos saquem e aportem dinheiro sem precisar de conta bancária. A conta corrente é 100% digital e os saques e aportes de crédito serão via agências dos Correios através de um cartão pré-pago da bandeira Visa.
É a primeira parceria do tipo que os Correios fazem para incluir os microempreendedores no sistema financeiro nacional. Para abrir uma conta no pague.MOBI, como o serviço foi chamado, é exigido apenas o CPF, justamente para se diferenciar dos bancos, que exigem uma extensa lista de documentos e, na maioria dos vezes, a abertura de uma conta de Microempreendedor Individual (MEI). Não é cobrada mensalidade, mas uma taxa fixa de 3 reais por transação.
O serviço foi oficialmente lançado nesta quarta-feira (4), primeiramente no estado de Minas Gerais. Em seguida, o serviço passará a ser oferecido em São Paulo e Rio de Janeiro. “Até janeiro queremos já estar em todo o Brasil. Com os Correios como parceiros, podemos cobrir 100% do território nacional e mudar a vida de muitos empreendedores que hoje não conseguem, muitas vezes, nem ter conta em banco”, diz Ricardo Capucio, presidente da conta.MOBI.
A Conta.Mobi negocia a parceria há um ano com os Correios. Com dois anos no mercado, a fintech já tem mais de 30 mil microempreendedores usando o serviço para receber e fazer pagamentos de clientes, emitir boletos e gerar o financeiro do negócio. O valor transacionado até hoje é de aproximadamente 100 milhões de reais e a empresa cresce 30% por mês, em média. “Nossa meta é chegar a um milhão de clientes nos próximos dois anos. O mercado de microempreendedores é bem maior do que isso, cerca de 35 milhões no Brasil, por isso acreditamos que temos muito espaço para crescer”, diz Capucio.