São Paulo – Milhares de pessoas se preparam para concursos públicos todos os anos no Brasil, atraídas pela carreira estável e pelos bons salários. Com tanta gente interessada, o empreendedor Vincenzo Papariello pensou numa forma inovadora de ganhar dinheiro com isso. Fundada em 2013, sua empresa, a VP Concursos, faturou 3,8 milhões de reais em 2015.
Enquanto os cursinhos tradicionais ensinam o conteúdo para o candidato, a empresa de Papariello tem a proposta de ensinar o aluno a estudar, com indicação de livros, coaching e acompanhamento de sua evolução. E essa nem é a maior inovação do negócio. Para empreendedor, seu principal diferencial está na forma de pagamento: na VP Concursos, a maior parte do pagamento fica por conta da “taxa de sucesso”, que é cobrada somente se o candidato for aprovado.
Papariello conta que ele mesmo foi concurseiro – hoje, além de tocar a VP Concursos, ele é funcionário do Senado Federal, em Brasília. De forma contraditória, foi justamente a busca por uma vida profissional estável que o levou a entrar no universo do empreendedorismo.
O negócio começou de forma despretensiosa. Depois de ser aprovado, Papariello começou a ajudar amigos e parentes interessados em passar também. Seu método de ensino dava tão certo que os amigos começaram a indicar outros, até que ele resolveu abrir uma empresa de consultoria.
Na VP Concursos, todos os consultores passaram em concurso. “A ideia é que o consultor transmita sua experiência para o aluno. Ele vai treinar esse concurseiro sobre o que se deve estudar, como estudar e que livros usar. Ele dá o caminho das pedras. Não passa o conteúdo como o cursinho, mas sim as ferramentas para chegar lá”, explica o empreendedor.
Segundo Papariello, que também já foi professor de cursinho, é muito comum um aluno não saber direito como estudar. “Em cursinho, percebi que muitas vezes o aluno lia o livro, assistia às aulas, mas mesmo assim ia mal nos simulados”, conta.
A proposta tem chamado a atenção dos candidatos. A empresa já chegou a ter 550 alunos consecutivos e é procurada por pessoas de diversas partes do país e até do exterior (brasileiros que querem voltar para o país). A consultoria é feita principalmente de maneira remota, através de canais como e-mail, Skype e Whatsapp, mas também acontecem encontros presenciais. Se antes Papariello trabalhava sozinho, hoje ele tem uma equipe de até 35 consultores.
Taxa de sucesso
Segundo o empreendedor, outro ponto que atrai os alunos é o método de pagamento. Pela VP, o concurseiro paga uma mensalidade que varia entre 550 e 1200 reais, mais barata que as mensalidades de cursinhos tradicionais.
Porém, se o candidato for aprovado, ele se compromete a destinar 20% do seu salário durante um ano para a consultoria. “Esse método facilita a vida da pessoa, já que ela só vai pagar quando estiver com o cargo na mão. Além disso, é uma garantia de que vamos dar o nosso máximo para que ela passe”, afirma o empreendedor.
Apesar de atrair alunos, Papariello afirma que seu método de pagamento já foi muito criticado. “Já sofri muita perseguição, mas eu não faço nada de errado. A nossa taxa só é paga quando a pessoa toma posse no cargo, às vezes isso demora anos. Além disso, se a pessoa fica comigo um ano e não passa, eu tenho prejuízo”, defende-se.
A empresa não sabe dizer a taxa de aprovação de todos os seus alunos. Porém, segundo o emrpeendedor, dentre aqueles que prestam concursos mais concorridos -- com salários na faixa de 20 mil reais, e pouquíssimas vagas – a taxa de aprovação é próxima de 20%.
Planos para o futuro
Apesar do sucesso da empresa, Papariello afirma que está buscando novas frentes para o negócio, por conta da crise econômica. Com escassez de recursos, o governo federal congelou diversos concursos pelo país, o que fez cair a demanda pelo serviço de preparação.
Por isso, a VP Concursos pretende focar esforços na preparação de estudantes de direito que vão prestar o concurso da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). “Apesar de não ter limite de vagas, a aprovação dos concursos da OAB é baixíssima. Só 9% dos egressos das escolas privadas conseguem passar. Por isso, vemos aí um mercado com potencial”, afirma Papariello Neste caso, porém, o método de pagamento deverá ser diferente do adotado para os concursos públicos, e ainda está em elaboração. A VP Concursos espera faturar 5,5 milhões de reais em 2016.
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1. Criatividade
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São Paulo - Ter uma
ideia de negócio inovadora é um grande desafio na hora de montar um negócio. Nessa hora, conhecer quem pensou fora da caixa pode ser útil para se inspirar. Por isso, selecionamos 13 casos de
empreendedores que tiveram ideias muito inusitadas, mas que se tornaram sua fonte de renda. Há tanto negócios com anos de experiência quanto os que foram inaugurados neste ano. Todos, porém, informam já ter um faturamento médio consolidado. Navegue pelos slides acima e confira quais são esses empreeendimentos.
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2. Capinhas de celular sustentáveis
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A Paubrasil uniu a tendência das capinhas para celulares com sustentabilidade e design: a partir de madeira de demolição, o negócio fabrica capinhas com desenhos próprios ou customizáveis. Também são vendidos óculos e adesivos que imitam madeira para celulares. A empresa foi criada há dois anos pelos sócios Beatriz Vallego e Cayo Sartori. Além de possuir um e-commerce próprio, a Paubrasil vende em lojas parceiras. As capinhas partem de 90 reais, os óculos partem de 330 reais e o adesivo para celular parte de 36 reais. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 30 mil reais.
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3. Consultoria para quem tem filhos que não gostam de estudar
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O "Socorro, meu filho não estuda" foi criado em setembro de 2014 pelas educadoras e empreendedoras Roberta e Taís Bento, mãe e filha. A proposta é ajudar pais e mães a ensinaram aos filhos como ter uma relação mais prazerosa com os estudos. O negócio possui um site, em que Roberta e Taís dão conselhos por mensagens e por e-mail, sem custo aos pais e filhos. Além disso, o empreendimento tem seu próprio livro, páginas no Facebook e no Instagram e um canal no YouTube. As educadoras também oferecem palestras para professores, pais e estudantes. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 50 mil reais.
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4. Comida nordestina vegana
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As empreendedoras Mirtis e Mayara Fernandes, que também são mãe e filha, criaram um negócio para provar que a comida vegana pode, sim, ser cheia de sabor. Na Esperança Gastronomia Nordestina, aberta em julho deste ano, são elaborados pratos típicos nordestinos com ingredientes que os veganos podem consumir. Alguns dos pratos são os dadinhos de tapioca, a torta de coco com passas, o escondidinho e o baião de dois. A loja virtual será inaugurada em dezembro - hoje, o negócio funciona apenas pelo boca a boca, sem loja física também. Faturamento: cinco mil reais, na média mensal.
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5. Entregas feitas por ciclistas
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A rede de franquias EcoBike Courier foi criada em 2011, com a ideia de realizar entregas de forma mais sustentável: por meio de bicicletas. Além do benefício ambiental e de saúde, a marca afirma que o custo do serviço é 30% menor do que o das entregas tradicionais. Hoje, o negócio está em sete cidades: Curitiba (lugar da primeira unidade do negócio), Porto Alegre, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Cascavel e Recife. Faturamento: em Curitiba, uma unidade franqueada fatura 60 mil reais por mês, em média. Modelo único
Investimento inicial: de 60 mil reais até 120 mil reais (varia por região)
Prazo de retorno: 18 meses
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6. Festas em um ônibus
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A Walking Party é uma franquia de ônibus-balada: o cliente pode fazer sua festa enquanto passa por pontos turísticos de um local. As unidades trabalham com aniversários, festas de 15 anos, depedidas de solteiro e de solteira e eventos corporativos, por exemplo. Também há tipos de transporte cada tamanho de festa: desde limusines até ônibus biarticulados. A rede de franquias possui 20 unidades em operação atualmente. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 30 mil reais. Modelo único
Investimento inicial: 80 mil reais
Prazo de retorno: 12 meses
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7. Kit para cultivar cogumelos em casa
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Já pensou em ter cogumos cultivados na sua própria casa? A Mushgarden já. O negócio, criado em 2013, surgiu quando o analista de sistemas Francisco Brianezi procurava um novo hobby. Pesquisando, encontrou nos Estados Unidos um produto parecido com o que viria a ser a Mushgarden. Então, o empreendedor passou a desenvolver o produto, cultivando diversos cogumelos. Com o modelo já testado, hoje o negócio vende um kit com compostos orgânicos e um borrifador de água. Cada kit custa entre 39,90 reais e 44,90 reais. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 25 mil reais.
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8. Namorado e namorada de mentira
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O Namoro Fake é um site polêmico, no qual você pode alugar um namorado ou namorada falso para fingir estar em um relacionamento de amizade ou amoroso no Facebook. A ideia foi pensada por Flavio Estevam em 2013, após ver amigos simulando um namoro nas redes para gerar ciúmes. Há diversas opções de planos no Namoro Fake, indo de 29,90 reais até 150 reais. O site informa que já atendeu mais de 30 mil clientes de 26 países e que, no ano que vem, irá participar também da rede chinesa RenRen. Faturamento: em 2015 (até agora), o Namoro Fake faturou 400 mil reais.
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9. Padaria drive-thru
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A Pão To Go é uma rede de franquias de padarias drive-thru: nelas, é possível retirar pães, frios e leite, por exemplo, sem sair do carro. O negócio foi criado em 2013, quando o empresário Tom Ricetti teve de esperar duas horas para comprar pães na véspera do Natal. A Pão To Go oferece mais de 100 produtos no seu cardápio e faz parcerias em cada local de funcionamento. Hoje, são 19 unidades em operação e outras 100 já foram comercializadas. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 60 mil reais. Modelo único
Investimento inicial: 249 mil reais
Prazo de retorno: 24 meses
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10. Pechinchador profissional
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Em abril deste ano, os sócios Cristiane Colussi Vieira, José Ulysses Vieira e Nathalia Arcuri resolveram aproveitar a experiência que tinham em negociações financeiras para criar sua própria empresa de pechinchadores profisionais. A ideia surgiu quando Cristiane conseguiu economizar 30% do valor total da construção da sua casa, apenas pela barganha. Nessa hora, ela percebeu que havia uma falta de negociadores profissionais para pessoas físicas. Essa experiência deu tão certo que virou uma empresa: a Personal Pechincha. Após o suceso, o marido de Cristiane, José Ulysses, resolveu entrar no negócio. Nathalia, outra especialista em negociação, também aderiu. O Personal Pechincha lucra ao cobrar uma parte do desconto conseguido para seus clientes. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 50 mil reais.
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11. Pedidos de casamento personalizados
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As amigas Bruna Brito e Thaís Martarello costumavam ouvir diversas queixas sobre pedidos de casamento sem criatividade ou até inexistentes. As empreendedoras, então, resolveram organizar os pedidos de alguns amigos. Com o resultado positivo dessa operação, viram que tinham uma ideia de negócio em mãos. No ano passado ,elas largaram definitivamente suas carreiras para fundar a empresa O Pedido. O foco do negócio é apenas em planejar pedidos criativos, e não nos casamentos em si. Ao todo, mais de 50 propostas já foram elaboradas pela empresa. Faturamento: em 2015 (até agora), o faturamento é de 100 mil reais.
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12. Personal trainer apenas para noivas
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Ser personal trainer é uma profissão comum atualmente. Mas o Noiva em Forma, criado pelas empreendedoras Carina Rosin e Flavia Picolo em 2010, é especializado apenas nas mulheres que têm como meta emagrecer para o casamento. A ideia começou a ser formada depois que Carina fez sua cunhada emagrecer alguns quilos antes do casamento, em um curto período de tempo. O resultado dessa empreitada foram dez quilos a menos e uma ideia de negócio. Hoje, o Noiva em Forma atende 30 mulheres por mês e possui 16 funcionários. Os preços variam de 960 até 2000 reais por mês, dependendo da quantidade de aulas semanais. Faturamento: 50 mil reais por mês, em média.
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13. Salas de escape (para descontrair)
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13/15 (Divulgação)
A Escape60 foi inaugurada
em junho deste ano tendo por inspiração uma forma de divertimento comum em jogos de computador e em espaços físicos nos Estados Unidos: as salas de escape. Nelas, é preciso procurar pistas espalhadas em um ambiente para achar a solução de um mistério. Após o sucesso da primeira casa, na Vila Olímpia (São Paulo), o negócio virou uma rede de franquias. Quatro unidades franqueadas serão inauguradas até janeiro de 2016.
Faturamento: uma unidade franqueada fatura 175 mil reais por mês, em média.
Modelo único
Investimento inicial: 350 mil reais (para negócio com três salas)
Prazo de retorno: de 18 até 24 meses
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14. Venda de asfalto
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14/15 (Divulgação)
A Único Asfaltos, como o próprio nome diz, é uma franquia que pretende popularizar o uso do asfalto em ruas, praças e calçadas, no lugar do cimento. Os franqueados vendem uma massa asfaltática instantânea em sacos chamados "+Fácil Asfaltos". Na aplicação, basta preencher o local com o produto e compactar. A marca já possui 25 unidades em operação, sendo que três são próprias. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 150 mil reais. Modelo único
Investimento inicial: 264 mil reais
Prazo de retorno: 7 meses
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15. Ficou inspirado? Veja como começar sua própria empresa:
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