Camila Farani: a empreendedora é presidente da G2 Capital e investidora na versão brasileira do programa de televisão Shark Tank (Camila Farani/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 09h31.
Última atualização em 13 de junho de 2022 às 17h35.
Camila Farani é um dos nomes mais conhecidos do empreendedorismo brasileiro. Conhecida como uma das maiores investidoras-anjo do país, a investidora ficou nacionalmente famosa ao participar como jurada da versão brasileira do programa Shark Tank.
Hoje, ela comanda a G2Capital, uma butique de investimento anjo. Só como pessoa física, ela investe em cerca de 40 startups. Este ano, uma nova empresa chamou a atenção da investidora: a Eleven Financial Research, uma casa de análise e research brasileira.
Em entrevista à EXAME, Farani contou que foi apresentada a Adeodato Netto, fundador da Eleven, por um amigo em comum em março. A investidora afirma ter ficado impressionada com os números de crescimento da empresa e com os planos de expansão global dos sócios fundadores.
O fato de o Brasil estar passando por um momento em que os investidores migram da renda fixa para o mercado de capital de risco também faz o investimento oportuno. Foi por isso, então, que ela decidiu investir na Eleven. O valor aportado não foi divulgado.
Netto afirma que a empresa não estava procurando investimento quando conheceu Farani. No entanto, os planos dos dois se convergiram devido ao fato de sua casa de análise estar buscando crescer adquirindo fintechs e empresas de tecnologia em 2020. Como a investidora entende bastante do mercado de inovação, a Eleven acreditou que seria vantajoso tê-la a bordo.
A Eleven foi criada em 2015 para ser uma casa de análise independente para o segmento corporativo e o público de alta renda. A empresa presta serviço para bancos, operadores do mercado, corretoras e family offices. Ao todo, são cerca de 500 clientes hoje.
Para crescer no segmento, em 2019, a Eleven comprou os ativos da consultoria Lopes Filho & Associados. Agora, mirando o consumidor final, a casa de análise quer voltar a fazer aquisições. Seu objetivo princial é se aproximar de empresas de tecnologia que possam ajudá-la a oferecer educação financeira e análise de investimentos em larga escala.
O plano faz parte de uma estratégia do negócio para acelerar seu crescimento. Nos últimos dois anos, a empresa mais do que dobrou de tamanho. Em 2018, eram 34 funcionários. Agora, são 87. Em 2020, mesmo com a pandemia, o faturamento cresceu 120% em relação ao ano passado. A expectativa é que com a ajuda da nova sócia, em 2021, a operação duplique novamente.
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