Confiança em alta: melhora na economia anima pequenas empresas (Stock.Xchng)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2012 às 12h58.
São Paulo – As médias e pequenas empresas continuam otimistas com seus negócios, segundo o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado pelo Insper e pelo banco Santander.
Nesta edição, houve uma alta de 0,67% em relação ao trimestre passado e o índice chegou a 74,6, em uma escala de 0 a 100. “Houve um leve aumento da confiança do empresário do pequeno e médio negócio. Uma estabilidade, com uma leve tendência de subida da confiança”, diz José Luiz Rossi Junior, professor do Insper.
A melhora se deve basicamente a uma perspectiva macroeconômica melhor. “Houve uma redução do risco para a economia como um todo, as notícias ruins diminuíram e o empresário está mais confiante”, explica. De acordo com o professor, com relação ao mesmo período de 2011, o aumento foi um pouco maior. “Era 73,7, o que indica que eles esperam daqui para frente algo melhor do que foi neste ano”, explica.
Sobre a projeção de fazer novos investimentos e contratar mais empregados, os empresários não se mostraram tão animados. “A gente vê certa estabilidade com relação a investimento e empregados”, diz Rossi. O índice avalia ainda as diferentes regiões. O Norte continua como local com mais empresários otimistas, seguido das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste.
Por ramo, o destaque é o comércio, com o melhor índice de confiança. “Isso confirma que os comerciantes estão esperando um último trimestre mais aquecido”, diz. Houve queda na confiança da indústria e do setor de serviços. “Uma das razões da queda é que o governo anunciou várias medidas e houve a expectativa de queda de impostos, que não aconteceu. Isso faz com que de alguma maneira a indústria tenha uma queda nessa confiança”, afirma.
Gerente é visto como consultor
A pesquisa perguntou ainda sobre onde os empresários costumam buscar crédito e o papel do gerente bancário nesta situação. Na hora de buscar capital, os empresários utilizam o gerente do banco como um consultor financeiro.
Segundo Marcelo Malanga, diretor executivo de pequenas e médias empresas do banco, o gerente vira um consultor nessas horas. “A gente percebeu que 50% dos entrevistados se apoiam a um gerente para fazer uma tomada de crédito. Ele está vendo o gerente financeiro no papel de consultor e não se deixando confundir com o faturamento de pessoa jurídica e da pessoa física”, explica Malanga.
Elaborada a cada trimestre, a pesquisa questiona os empresários sobre a expectativa em relação aos próximos três meses. Foram ouvidos 1.200 empresários brasileiros para calcular o índice.