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Como se antecipar aos problemas da sua franquia

Não precisa ter uma bola de cristal. É possível por meio de um processo sistemático e estruturado antever problemas que a sua rede pode enfrentar

Que pergunta você tinha certeza que nós iríamos fazer e nós não fizemos ainda? (Fox Photos/Getty Image)

Que pergunta você tinha certeza que nós iríamos fazer e nós não fizemos ainda? (Fox Photos/Getty Image)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 11h12.

3 ingredientes de uma marca de franquia consistente

Respondido por Lyana Bittencourt, especialista em franquias

Para se antecipar aos problemas, a informação é apenas a matéria-prima, pois sozinha não consegue traduzir nenhum cenário, seja ele atual ou futuro. É preciso análise e direcionamento estratégico. Mas antes de sair coletando dados, é importante saber quais perguntas se deseja responder.

Por exemplo, é possível tentar desenhar os aspectos que causariam uma queda nas vendas de determinado produto ou, antecipar novas formas de distribuição dos concorrentes, estudar tendências e demandas não atendidas, enfim, uma série de situações podem significar perda de market share e de resultado, se aparecem de surpresa na franquia.

Comece mapeando suas possíveis fontes de informação de dados primários (entrevista com área comercial, pesquisa com clientes, observação do ponto-de-venda, contato com os franqueados) ou secundários (relatórios setoriais, projeções econômicas, notícias veiculadas na imprensa, dados de faturamento, volume de vendas por produto). Todas essas fontes, aliadas ao conhecimento que se tem do negócio, são fortes aliados no processo antecipatório.

Antes de tomar decisões, tenha cuidado com as “certezas”. Muitas vezes, os executivos, tão certos de sua genialidade, ignoram justamente que as certezas podem ser as piores inimigas. Quando se tem uma ideia pré-concebida muito forte, a possibilidade de se ter um viés cognitivo na análise é muito grande.

Por exemplo, ao acreditar que fornece o melhor suporte possível aos seus franqueados, o franqueador pode ignorar sinais de insatisfação. Ou, entendendo que seu produto tem alto volume de vendas, deixa de investir em sua melhoria. Nos dois casos, a surpresa é certa e pode significar prejuízo para o relacionamento com a rede e também perda de relevância no mercado.

Uma análise livre de preconceitos e paradigmas é o primeiro passo para trabalhar a inteligência na rede, os próximos passos devem contemplar a disseminação das análises para a companhia e a avaliação e mensuração dos resultados obtidos com ela. Tratam-se de passos importantes para um acompanhamento vivo e latente de tudo que pode influenciar a rede e sua reputação no mercado.

Lyana Bittencourt é especialista em franchising e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo Bittencourt. 

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