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Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 10h06.
São Paulo - Diante de um mercado de trabalho aquecido, reter talentos é um dos principais desafios das pequenas e médias empresas hoje. Apesar disso, ainda há empresários que vêem a remuneração dos seus funcionários como custo. Confira a seguir dicas do sócio diretor da DN Consult, Dorival Donadão, para garantir uma remuneração satisfatória para seus colaboradores e mantê-los motivados:
1. Valorize sua mão de obra
O estímulo que o funcionário recebe influencia no seu rendimento e, consequentemente, nos resultados da empresa. Oferecer uma remuneração satisfatória torna-se uma vantagem competitiva, especialmente quando a intenção é manter os talentos dentro de casa. No caso do pequeno empreendedor, é preciso recorrer a mecanismos criativos para brigar com os altos salário oferecidos por grandes empresas sem comprometer o orçamento. Uma alternativa é oferecer a ele uma participação nos resultados da empresa, assim ele terá maior motivação para bater as metas estabelecidas.
Mesmo que o salário faça brilhar os olhos, este pode não ser o único objetivo do seu funcionário. Um empreendedor que deseja reter talentos não deve se prender apenas ao salário ou cobrir ofertas da concorrência. Oferecer oportunidades e desafios pode garantir a satisfação no trabalho, segundo Donadão. “O verdadeiro talento quer ser desafiado e não retido. Ele quer ganhar o justo, mas quer ser colocado à prova”, complementa.
2. Defina os índices
Para poder recompensar os funcionários pelos seus esforços, é importante criar índices para medir o desempenho de cada um. Segundo o sócio diretor da DN Consult, cada empreendimento tem que definir os critérios de avaliação para definir as metas a serem atingidas. “A chefia olha o cargo e identifica a melhoria, olha a situação atual e a ideal”, descreve. A empresa pode definir seus índices conforme a sua atividade. Uma sorveteria, por exemplo, pode se basear na satisfação do cliente e estabelecer uma meta para aumentar o nível do atendimento.“Já em uma indústria, fatores como nível de produção pesam mais. A meta também pode ser definida por equipes, segundo Donadão. “Quem gerar ideias, implantá-las e trouxer resultados, pode garantir bônus ou prêmios para toda a equipe”, recomenda.
3. Determine as recompensas
Depois de definir o índice a ser medido e o objetivo a ser alcançado, resta transformar essa melhoria para a empresa em benefício para o funcionário. Donadão diz que o bom senso é respeitar a média de salário paga pelo mercado para aquela função. Do montante, cerca de 20% a 25% devem ficar como remuneração variável. Para se destacar, algumas empresas aumentam essa proporção para até 30% a 35%. Um funcionário, por exemplo, que receba R$ 700,00 como fixo, pode chegar a R$1.100,00 se as metas forem atingidas. Para garantir o pique dos funcionários, as metas costumam ser definidas por trimestre ou semestre. Evite trabalhar com prazos menores, pois as cobranças podem ser altas demais para o que o funcionário consiga entregar e o resultado pode acabar sendo o inverso do esperado.
4. Respeite sua realidade
Embora a intenção seja positiva para os funcionários, a remuneração variável não pode comprometer o orçamento do seu negócio. “Não dá para começar com ousadia se não tiver lastro na receita”, comenta Donadão. O erro de alguns empresários é perder a medida. “O equilíbrio de distribuição é fundamental.” Não abata do lucro total da empresa o valor para a remuneração variável, mas um percentual dele, de 15% a 20%. “O resto deve ser utilizado para contingência, marketing, poupança e investimentos”, sugere.