(Divulgação)
Mariana Desidério
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 15h00.
Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 15h01.
Como garantir que vou ganhar dinheiro com um negócio pela internet?
Sucesso de verdade é caixa, isto é: receita – despesa = lucro. No e-commerce não é diferente, e essa máxima faz ainda mais sentido para pequenos e médios empreendedores, os quais representam hoje a maioria no varejo online brasileiro.
Os PMEs, geralmente, não têm acesso a investidores estratégicos que aceitem prejuízos eventuais em troca de crescimento acelerado e dedicação para alcançar ganhos de escala e lucro futuro.
Isso quer dizer que, para 99% dos empreendedores online, gerir o próprio negócio com austeridade é questão de sobrevivência. Isso mesmo diante dos bons resultados do e-commerce no país – o setor é um dos que mais crescem, contrariando o cenário econômico atual.
Montar uma operação de e-commerce hoje é muito mais barato do que há 15 anos. A tecnologia se desenvolveu e também se tornou mais acessível, trazendo eficiência e segurança para as operações.
Outros aspectos que melhoraram muito ao longo desses anos: maior número de fornecedores, de soluções open source e de mão de obra especializada. Além disso, o acesso a informações é muito mais fácil e rápido, com diversos conteúdos gratuitos na internet e eventos específicos do setor.
Outro ponto muito favorável para o e-commerce é que estamos em meio a uma mudança de hábito do consumidor. Cada vez mais pessoas têm acesso à internet e a smartphones, tornando o ato de comprar online cada vez mais comum. Segundo pesquisa da ComTech Kantar Worldpanel Brasil, realizada no primeiro semestre deste ano, 9 em cada 10 brasileiros têm celular, sendo que 57% dos aparelhos são smartphones.
Com esse cenário, a perspectiva para o e-commerce é de crescimento nos próximos anos. Atualmente, o comércio online no Brasil representa apenas 4% de todo o varejo no país, enquanto na China, por exemplo, esse número é de 12%. Temos muito ainda para crescer por aqui e, naturalmente, isso tem chamado a atenção de muita gente, tornando a concorrência cada vez mais acirrada.
Mas então, como aproveitar esse momento sem abrir mão do lucro? A resposta é: fique atento às oportunidades onde as barreiras de entrada são baixas.
O sucesso do negócio depende muito da capacidade do empreendedor de fazer melhor/diferente aquilo que já é feito por outros, sem perder de vista o planejamento estratégico e a execução com excelência.
Uma tendência mundial, que tem levado muitos e-commerces a ampliar fortemente suas vendas, é a venda em marketplaces (shoppings virtuais), além da loja online própria. Esse ambiente também é uma alternativa muito interessante para quem quer começar um negócio, antes mesmo de investir em um site próprio.
O principal atrativo dessas plataformas é a grande audiência –milhares de visitantes passam pelo shopping virtual todos os dias. Além disso, o administrador do marketplace se encarrega de fazer o marketing da plataforma, assegurando a geração de demanda para todos os vendedores anunciantes.
Neste ambiente, o anúncio de produtos costuma ser gratuito e, a custo acessível, há meios de pagamentos seguros disponíveis para uso do vendedor e do comprador, e até mesmo ferramentas que facilitam a logística de envio da mercadoria.
Com essas facilidades, o vendedor do marketplace pode dedicar tempo ao seu negócio especificamente: acompanhar a concorrência, criar a oferta adequada para cada produto, negociar preço com fornecedores e, principalmente, assegurar uma ótima experiência e encantar seu cliente.
Helisson Lemos é presidente do Mercado Livre no Brasil.
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