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Como encontrar um investidor anjo para o meu negócio?

O que a Apple, Google e Buscapé têm em comum? Além de serem negócios de grande sucesso, elas receberam a ajuda de investidores anjo no início. Veja como conseguir um desses para o seu negócio.

Investidor anjo (Thinkstock)

Investidor anjo (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 15h00.

O que a Apple, Google, Buscapé e Bematech têm em comum? Além de serem negócios de grande sucesso e com empreendedores tidos como referências em seu segmento, elas receberam nos seus primeiros passos, a ajuda de investidores anjo, profissionais experientes que usaram recursos próprios para investir na expansão de negócios promissores idealizados por terceiros.

O acesso ao capital antes da consolidação de uma marca ou produto é uma das principais dificuldades dos empreendedores. Tal desafio tende a acentuar-se ainda mais dentro de um contexto macroeconômico de recessão, como o enfrentado pelo Brasil hoje. Assim, a presença de investidores anjo pode ser uma verdadeira benção para quem sonha em transformar seus planos em um empreendimento sólido e rentável.

Anjos para os empreendedores podem ser mais do que entidades celestiais. Quem são eles?

Os investidores anjo costumam ser executivos e empreendedores bem sucedidos, com profundo conhecimento de mercado, visão estratégica, capacidade de identificar oportunidades de negócio e donos de capital próprio acumulado. Além do dinheiro, eles possuem experiência suficiente para orientar os novos empreendedores, e boas redes de relacionamento que podem abrir portas para o empreendedor.

O valor de um investimento assim acaba sendo bem variado, em média de R$ 50 mil a R$ 500 mil, dependo de fatores como: nível de maturidade de empresa, modelo de negócio e plano de crescimento.

No Brasil a prática não é tão difundida como em outros países. Isto acontece devido à ausência de fomento e projetos do governo. Os incentivos tributários e as regulamentações para esse tipo de transação nos Estados Unidos, por exemplo, protegem o patrimônio pessoal do investidor de dívidas da empresa investida. Assim, muitas pessoas se interessam por este tipo de iniciativa.

Já no Brasil, o investidor anjo acaba muito exposto ao risco, e em geral possui uma participação minoritária no negócio, sem cargos executivos e atuando mais como um mentor ou conselheiro. Este tipo de investimento apresentou expansão de 0,6% do PIB em 1999 para 2,1% em 2013. Porém em outros países ele chega a ser quase o dobro, um exemplo é o valor no Reino Unido, que equivale a 4,7%.

Estes números indicam que cada vez mais vamos encontrar organizações interessadas em investir desta maneira. Algumas delas, com presenças regionais fortíssimas, como a Gávea Angels (RJ), que investe em empresas como Descomplica e Nutrebem, a Anjos do Brasil (organização sem fins lucrativos baseada em São Paulo, que faz a ponte entre investidores anjos e empreendedores) e a Curitiba Angels (PR), que tem no portfólio a Contabilizei, empresa de serviços contábeis online.

Porém, antes de buscar esse tipo de investimento, o empreendedor tem que se preparar. É preciso atentar-se a alguns fatores antes de optar por investimentos anjo, e estudar principalmente aqueles que tenham mais afinidade com seu negócio. Busque conversar com outras empresas que receberam esse tipo de incentivo para entender como é a experiência dessa interação entre investidor e investido antes de decidir.

Para se preparar, o empreendedor pode buscar informações no portal Anjos do Brasil, que possui diversos conteúdos voltados para o tema e é referência sobre o assunto no Brasil, e também na página da Endeavor, que possui conteúdos gratuitos sobre o assunto!

E aí? O que você está esperando para ir atrás do seu anjo da guarda?

Acompanhe tudo sobre:dicas-de-empreendedorismodicas-para-seu-negocioInvestidor-anjo

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