Dinheiro (Germano Luders)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 15h22.
Como administrar as saídas do fluxo de caixa?
Respondido por Antonio Paulo Terassovich, especialista em crédito
Os administradores financeiros devem ter bem formalizado o processo de estruturação do fluxo de caixa da empresa. Esta tarefa não pode ser esquecida em hipótese alguma. As empresas até podem viver alguns períodos sem lucro, mas não sobrevivem longos períodos sem caixa.
De forma simplificada, o fluxo de caixa é basicamente constituído de duas partes: entradas e saídas. Hoje o assunto é voltado para as saídas de caixa. Na linguagem financeira existem quatro itens onde podem ser alocadas as saídas: aumento de qualquer ativo, como compras para manter o estoque adequado ou uma máquina nova; redução de um passivo, como o pagamento de uma conta de luz, água, ou mesmo fornecedores; prejuízo líquido, quando as depreciações não forem superiores a este valor; e pagamento de dividendos ou recompra de ações.
Para o caso das pequenas empresas, o foco deve ser nos dois primeiros itens e analisar as saídas sob os aspectos do comportamento desses valores, que podem ser divididos em dois grandes grupos: custos fixos e variáveis.
Os custos fixos são aqueles que existem mesmo que a empresa não venda nada. Eles costumam ser mensais e incidem constantemente. Já os custos variáveis são aqueles que flutuam para cima ou para baixo de acordo com o volume de vendas da empresa ou alguma decisão de aumento de estoques, por exemplo.
Para cada um deles o tratamento deve ser diferenciado, pois os primeiros, os fixos, o administrador deve ter um levantamento e periodicamente controlar suas variações. O segundo tipo, os variáveis, devem ser coletados a partir das estimativas de produção e vendas da organização e normalmente variam todos os meses.
Tenha uma planilha com esses dados e monitore, analise e corrija os números a cada semana, pelo menos.