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Com novos R$ 180 mi, Pravaler quer ir além do crédito ao ensino superior

A empresa, fundada no começo dos anos 2000, já ajudou mais de 170.000 alunos a se formar no ensino superior privado

Carlos Furlan, fundador e presidente da Pravaler: empresa domina 75% do mercado de crédito para estudantes do ensino superior (Pravaler/Divulgação)

Carlos Furlan, fundador e presidente da Pravaler: empresa domina 75% do mercado de crédito para estudantes do ensino superior (Pravaler/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 5 de março de 2021 às 17h28.

A Pravaler, conhecida pelo crédito estudantil, anuncia nesta sexta-feira, 5, ter concluído a captação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de 180 milhões de reais para expandir sua atuação no mercado de educação brasileiro. A meta ambiciosa da empresa é, até 2025, beneficiar 1 milhão de alunos com financiamentos de 10 bilhões de reais. 

A empresa começou a oferecer crédito para estudantes do ensino superior privado em 2006, e atualmente opera 75% dos financiamentos desse tipo no país. No seu modelo, ela permite que um  estudante que tenha um garantidor (pai ou responsável financeiro) pague a mensalidade no dobro do tempo disponibilizado pela instituição de ensino.

Para reduzir a inadimplência, a Pravaler desenvolveu um sistema complexo de análise de crédito. “Nosso modelo tenta prever a chance de o estudante concluir o curso naquela faculdade”, afirma o presidente da Pravaler, Carlos Furlan. Até hoje, a empresa já beneficiou 170.000 estudantes e emprestou 4 bilhões de reais.

Mesmo na pandemia, a empresa conseguiu crescer e terminou o ano com faturamento acima de 250 milhões de reais. “A inadimplência subiu e, em alguns meses, voltou aos patamares pré-covid. Hoje nossos números são similares aos de fevereiro do ano passado”, diz o presidente. Aproveitando o bom momento do negócio, os sócios decidiram levantar o fundo para poder expandir sua atuação em 2021. 

A maior questão para a Pravaler é que os números de matrículas do ensino presencial caíram com a pandemia. Segundo a consultoria Atmã Educar, as matrículas no segundo semestre de 2020 foram 70% menores que no mesmo período do ano anterior. Enquanto o segmento não retoma os patamares anteriores e o ensino híbrido não é uma realidade possível, a empresa aposta na diversificação dos seus produtos.

Ao longo do ano passado, a Pravaler passou a comprar as carteiras de crédito de instituições de ensino privadas, em parceria com o banco BV, para ampliar sua participação no mercado. Neste ano, a principal aposta é o financiamento de cursos livres, como os da área de tecnologia, que tem tíquete alto e ainda poucas opções de financiamento disponíveis do mercado. 

Enquanto expande suas áreas internas, a Pravaler também olha para aquisições como uma alternativa de crescimento. Segundo o presidente, desde o final do ano passado a companhia estuda empresas que atuam nos mesmos segmentos. “Com o nosso tamanho, podemos ser o consolidador que vai liderar o mercado de soluções financeiras para educação no Brasil”, diz Furlan.

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