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Com Marina Person e Xico Sá, nova plataforma de podcasts chega ao Brasil

A startup Orelo, criada por um ex-diretor da Grow, começa suas operações trazendo conteúdo exclusivo de produtores brasileiros

Luiz Felipe Marques, fundador e presidente da Orelo: a startup, que cobra uma assinatura de 6,90 reais, lança 40 conteúdos originais 
 (Orelo/Divulgação)

Luiz Felipe Marques, fundador e presidente da Orelo: a startup, que cobra uma assinatura de 6,90 reais, lança 40 conteúdos originais (Orelo/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 28 de julho de 2020 às 06h00.

O Brasil é o segundo maior mercado de podcasts do mundo e tem muito potencial para crescimento. Pesquisa realizada pelo Ibope em 2019 mostra que 40% dos internautas brasileiros já ouviu um podcast, enquanto outros 32% sequer sabem o que é esse produto. Para explorar essa audiência fiel e conquistar novos ouvintes, o empreendedor Luiz Felipe Marques, ex-diretor de marketing da empresa de mobilidade urbana Grow, lança nesta terça-feira, 28, a plataforma Orelo.

O serviço de streaming funciona por assinatura, como a Netflix ou o Spotify, a diferença é que no aplicativo da startup brasileira, no lugar dos filmes e músicas, há somente podcasts. No lançamento, a Orelo traz um catálogo global de 700.000 títulos e lança conteúdos exclusivos, feitos para a plataforma por produtores como Marina Person, Xico Sá, Chico Felitti e Laura Carvalho.

A proposta da empresa é ser um espaço atrativo para o produtor de conteúdo, por isso, a cada vez um programa for ouvido, seu criador será remunerado. Outra forma de repasse envolve os fãs diretamente. Quando eles assinam o serviço, podem destinar 30% da mensalidade de 6,90 reais para seu programa favorito. “O formato podcast existe há cerca de 20 anos. Quase sempre os programas começam como um hobby. O problema é que quase ninguém ganha dinheiro”, diz Luiz Felipe Marques.

Na outra ponta, para atrair assinantes, a empresa aposta no seu portfólio de conteúdos originais, que já começa com 40 títulos diferentes. Marques acredita que o mercado de áudio será tão acirrado como hoje é o de vídeo, com empresas gigantescas como Netflix, Disney, HBO, Amazon e YouTube competindo pela atenção do telespectador com produções próprias. “Nossos conteúdos exclusivos serão o diferencial”, afirma o empreendedor. 

O plano da Orelo é não focar em um único tipo de programa. A empresa quer explorar novos gêneros, como suspense e ficção juvenil. “Nosso objetivo é promover conteúdo de todas as formas. Queremos trazer mais entretenimento, fazer jornalismo de outras maneiras, criar documentários em áudios”, diz o fundador. 

Antes de ser diretor na Grow, Marques trabalhou como jornalista e publicitário. Ao sair da startup de micromobilidade, ele decidiu criar uma empresa em que pudesse trabalhar com conteúdo novamente. Com capital próprio e apoio de investidores anjo de peso, como Ariel Lambrecht, um dos fundadores da 99, Marques tirou o projeto do papel ao longo do último um ano. Hoje, uma equipe de 12 pessoas trabalha a seu lado na Orelo. 

No lançamento, o empreendedor enxerga que seus principais desafios são fazer mais gente experimentar o formato de podcast, conseguir criar uma marca forte perante os usuários e continuar produzindo conteúdo original que seja interessante para os assinantes. Espaço para crescer no mercado brasileiro é o que não falta. 

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