Henrique Zanuzzo, responsável pela operação brasileira da foodtech Frizata: brasileiros conectados ampliam mercado para venda de comida direto ao consumidor (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 17 de agosto de 2021 às 18h17.
Depois de receber um aporte series A de 25 milhões de reais do fundo SP Ventures, em julho, a foodtech argentina Frizata está com o pé no acelerador na estratégia de expansão no Brasil.
O negócio da Frizata é vender alimentos congelados direto ao consumidor. No portfólio estão 70 itens, entre frutas, saladas e pratos rápidos, como aperitivos, pizzas e batatas fritas. Tudo congelado a temperaturas baixíssimas, num processo cuja promessa é de preservar o sabor dos ingredientes por mais tempo.
A venda dos alimentos é por meio de canais próprios (site e app) no modelo de nativa digital, ou DNVB (digitally native vertical brand).
Fundada em 2019 na Argentina pelos empreendedores Adolfo Rouillon e José Robledo, a Frizata atualmente possui 70.000 clientes no país. Como parte do plano de expansão global, inauguraram em março em Santiago do Chile e chegam em São Francisco (Estados Unidos) e em Singapura até o final deste ano.
No Brasil, a operação inicia na Grande São Paulo, sob a liderança de Henrique Zanuzzo, empreendedor serial por trás de outros negócios DNVB como a fabricante de óculos Lema21 e a plataforma de marcas de comida natural OneMarket.
Por trás da aposta no Brasil está a conectividade alta do brasileiro na comparação com os demais países da América Latina.
O Brasil tem a terceira fatia com mais usuários do Instagram no mundo, com mais de 95 milhões de usuários, um dos principais canais de venda para empresas dedicadas às vendas direto ao consumidor, conta Zanuzzo.
"O Brasil tem mais de dez metrópoles acima de 3 milhões de habitantes e mais de 20 metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes", diz Zanuzzo. "Nosso plano é em 24 meses chegar às dez principais metrópoles do país."
No radar da Frizata para o Brasil está, por ora, vender produtos fabricados na fábrica da empresa na cidade argentina de Rosário. O plano é abrir uma fábrica no Brasil em 2023 com a expansão de vendas às principais metrópoles brasileiras e chegar a um portfólio de 100 alimentos à venda até o ano que vem.
Em 2021 a Frizata deve faturar 20 milhões de dólares, o dobro do registrado no ano passado.
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