Loja da rede Onodera Estética (Onodera Estética/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 21 de setembro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 21 de setembro de 2019 às 06h00.
Com 50 lojas no Brasil, a Onodera Estética está pronta para dar mais um passo. A rede de franquias de clínicas de estética dará início a sua expansão internacional com uma unidade em Portugal.
Quem encabeça esse empreendimento é o casal Cristiano Diniz e Paula Reali, que já eram sócios de três unidades em Porto Alegre, RS. Eles também serão os master franqueados para as futuras operações na Europa. "Os franqueados têm mais de 10 anos de experiência com a empresa, são as pessoas certas para levar a Onodera Estética para fora", afirma Lucy Onodera, sócia-diretora da rede.
A loja será aberta em 2020 em Braga, cidade com 181 mil habitantes e a 57 quilômetros de Porto. A ideia é que o espaço sirva como um laboratório da empresa, para entender que procedimentos funcionam melhor em Portugal e quais produtos têm maior demanda.
Por isso mesmo a cidade escolhida é pequena, a sétima em tamanho populacional do país, para testar o modelo por seis meses a um ano, antes de entrar em mercados maiores e com mais concorrência.
O cuidado tem motivo: a cultura estética brasileira é bem diferente da portuguesa e europeia. Lucy diz que o Brasil é uma referência no cuidado com a pele e o rosto. A globalização e o crescimento da influência de celebridades brasileiras nas redes sociais podem ajudar a impulsionar o sucesso da rede brasileira, mas o objetivo também é se adaptar ao gosto das europeias.
"Iremos levar os tratamentos essenciais, de rejuvenescimento e tratamentos faciais, mas vamos adaptar o negócio para a cultura e o clima locais", diz Lucy. A equipe da unidade terá funcionários brasileiros e portugueses, para ajudar nessa fase de adaptação.
Além da expansão internacional, a empresa está remodelando sua operação brasileira. Este ano, o foco saiu da abertura de novas unidades para melhorar a eficiência das lojas já existentes. No ano passado, foram abertas duas unidades.
A empresa passou a priorizar tratamentos faciais e lançou novos procedimentos, produtos com margens maiores do que os corporais. A participação dessa área subiu de 20% para 30% nas receitas e a meta é chegar a 40% até 2020. O faturamento chegou a 70 milhões de reais, alta de 6% em 2018. No primeiro semestre, o crescimento alcançou 8,5%.