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BTG Pactual busca startups para programa focado em crescimento

Banco abre inscrições para terceira rodada de programa de potencialização de scale-ups, ou startups de alto crescimento

 (Leandro Fonseca/Exame)

(Leandro Fonseca/Exame)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 11h00.

Última atualização em 13 de dezembro de 2018 às 11h00.

São Paulo - O banco de investimentos BTG Pactual começou a acompanhar de perto o mundo das startups no começo deste ano - e a experiência se provou tão positiva que, agora, a companhia financeira olha para setores mais distantes dessa atuação.

A terceira edição do programa boostLAB, criado pelo banco para potencializar startups de alto crescimento, procura negócios em novos setores, como lawtechs (startups no setor de advocacia) e real estate (startups no setor de imóveis). Continuam áreas já cobertas pelas últimas edições, como agritechs, fintechs e inteligência artificial.

O interesse em lawtechs veio a partir da startup de inteligência jurídica Digesto, que participou da última edição do boostLAB. "A maneira como as empresas e instituições tratam os processos ainda é bastante manual. O uso de tecnologia com certeza trará muita efetividade e ganho de eficiência para esse mercado", diz Frederico Pompeu, associado do BTG Pactual responsável pelo boostLAB.

Uma percepção similar ocorre no mercado de real estate. "As oportunidades vão desde financiamento até mapeamento dos preços por área e ajuda na venda dos imóveis. O banco pode ajudar com experiência financeira e de seguros em várias frentes em tais casos."

Seleção

O foco do boostLAB está em scale-ups, startups que se baseiam na escalabilidade de seus modelos de negócio. Esse tipo de negócio consegue crescer sua receita em um ritmo muito mais íngreme do que o de seus custos de produção. Com isso, afirma o BTG Pactual, as soluções podem se integrar mais facilmente com o ecossistema do banco.

Durante a seleção, mais importante do que o tamanho do faturamento da empresa, é se ela já tem um sólido portfólio de clientes e dedicação integral de pelo menos dois sócios fundadores ao negócio. É preciso ter um produto pronto, tração e vendas recorrentes para resolver problemas reais de forma escalável. As empresas podem já ter recebido aportes em nível Seed, Series A ou posteriores.

As inscrições podem ser feitas pelo site da iniciativa até dia 15 de fevereiro de 2019. Seis startups serão selecionadas para a terceira edição, assim como nas últimas rodadas de potencialização.

Programa de potencialização

O boostLAB fica localizado em São Paulo, no WeWork Faria Lima. Cada startup terá até cinco posições gratuitas no local enquanto durar o programa.

A ACE, uma das principais aceleradoras do país, será responsável pela metodologia de crescimento das startups selecionadas. As scale-ups contarão com mentorias de Pedro Waengertner, fundador da ACE, e de nomes como o executivo e especialista em reestruturações Claudio Galeazzi; o diretor de operações do Mercado Livre Stelleo Tolda; Sônia Hess, ex-CEO da Dudalina; e Joel Rennó, CFO da empresa de comércio eletrônico OLX.

O BTG Pactual entrará com contatos estratégicos de seus parceiros de negócio, empresas investidas e fornecedores. Além de oferecer mentorias, prevê a realização de projetos pilotos com os empreendimentos participantes do programa.

Além de créditos de 10 mil dólares no serviço de nuvem da Amazon e de 3 mil dólares no da Google, a Oracle também aderiu ao programa, oferecendo créditos de 15 mil dólares para as scale-ups participantes.

O programa, que dura cinco meses, encerra-se com um Demo Day (dia de apresentação das startups a potenciais investidores). Não haverá investimento ao longo do boostLAB, mas será possível negociar um aporte caso a caso no final da iniciativa.

As scale-ups que participaram da última edição do boostLAB tiveram um crescimento médio de 233%, de acordo com Pompeu. As startups selecionadas foram Bxblue, Nexoos, Virtus Pay, Ewally, Digesto e Omie. Na primeira rodada, participaram Neurotech, Agronow, Clicksign, Finpass [antiga F(X)], Liber Capital e Zigpay.

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