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Brasileira Yellow levará suas bicicletas para outros 5 países

Startup criada por fundadores do aplicativo 99 desenhou plano de expansão agressivo para dezembro e janeiro

Bicicletas da Yellow: startup brasileira começará nas próximas semanas sua operação em quatro outros países da América Latina (Yellow/Divulgação)

Bicicletas da Yellow: startup brasileira começará nas próximas semanas sua operação em quatro outros países da América Latina (Yellow/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 17h14.

São Paulo - A guerra das startups de compartilhamento de bicicletas e patinetes acabou de ganhar mais um capítulo, tendo como campo de batalha a América Latina. A Yellow começará nas próximas semanas sua operação em cinco outros países da região, além do Brasil: Argentina, Colômbia, Chile, México e Uruguai.

Imagens nas redes sociais já mostram bicicletas da Yellow em Puerto Madero, região luxuosa de Buenos Aires. Nas ofertas de vagas da startup, há posições abertas para gerentes gerais na capital argentina, Bogotá, Santiago e Cidade do México.

A ideia é que Argentina, Colômbia, Chile, México e Uruguai tenham o serviço da Yellow até janeiro do próximo ano. De acordo com Luiz Marques, diretor de comunicação e marketing da Yellow, a startup também expandirá para outros países da América Latina, ainda em sigilo. "A América Latina é a bola da vez para este setor, por ainda ser pouco explorada. É o próximo passo de expansão para a Yellow, junto de um aprofundamento no Brasil."

Crescimento acelerado

Os fundadores da Yellow possuem boa experiência em bicicletas, mobilidade urbana, economia compartilhada -- e em receber investimentos. Ariel Lambrecht e Renato Freitas co-fundaram o aplicativo e unicórnio brasileiro 99, enquanto Eduardo Musa já foi presidente da fabricante de bikes Caloi.

Os empreendedores começaram o negócio em junho de 2017 e o lançaram pouco mais de um ano depois, em São Paulo. No primeiro mês de operação, as então duas mil magrelas realizaram 150 mil viagens, três vezes mais do que os sócios esperavam – uma média de 2,5 corridas por dia e por bicicleta.

Ao todo, a Yellow já recebeu 75,3 milhões de dólares em investimentos (na cotação atual, cerca de 290 milhões de reais). O aporte mais relevante, de 63 milhões de dólares, foi conquistado em setembro deste ano e tinha a expansão pela América Latina entre suas finalidades, assim como um aprofundamento no Brasil e a ampliação do serviço de patinetes elétricas.

O último dado liberado pela Yellow é de três mil bicicletas e mil patinetes elétricas pelo Brasil, categoria anunciada em agosto deste ano. A startup não comenta números atualizados, mas confirma que está "dentro de suas expectativas de expansão" -- que eram de 20 mil bicicletas até o final de novembro. Além de São Paulo e São José dos Campos, a empresa começou a operar no Rio de Janeiro nesta semana e está em conversas com representantes das prefeituras de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife.

Tais planos da Yellow surgem depois de notícias que movimentaram o setor de compartilhamento. A empresa de entregas Rappi (avaliada em mais de 1 bilhão de dólares) firmou uma parceria com a startup mexicana de patinetes elétricas Grin, que recentemente anunciou sua fusão com a startup brasileira Ride. Enquanto isso, o app de transportes Uber anunciou a aquisição da startup de compartilhamento de bicicletas elétricas Jump e estaria negociando a aquisição ou da Bird ou da Lime, dois expoentes americanos do ramo. A guerra das bicicletas e patinetes chegou ao Brasil -- e, pouco a pouco, vai tomar a América Latina.

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