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Bradesco está em busca de startups inovadoras

Até o dia 22 estão abertas as inscrições para a segunda edição do inovaBRA, programa do Bradesco voltado a descobrir projetos inovadores de startups.

Bradesco (Adriano Machado/Bloomberg News)

Bradesco (Adriano Machado/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 09h44.

Até o dia 22 estão abertas as inscrições para a segunda edição do inovaBRA, programa do Bradesco voltado a descobrir projetos inovadores de startups que tenham soluções aplicáveis ou com possibilidade de adaptação no setor de produtos e serviços financeiros.

O programa completo tem duração de 12 meses, sendo quatro destinados ao processo seletivo e oito meses para o processo de interação com o Banco, incluindo melhorias na gestão, busca de sinergia estratégica, operacional e mercadológica.

Roger Serrati, Gerente de Pesquisa e Inovação do Bradesco, contou que o interesse em criar este programa se deu a partir de uma demanda reprimida na área de negócios que o banco identificou. Era preciso testar com velocidade certas inovações para saber se fazia sentido para o banco escalar tal solução. Em geral os projetos do banco são estruturados e com um volume de demanda muito grande, o que exige um longo tempo até estar completamente pronto. “Muitas vezes o departamento de negócios fazia um projeto e depois de um ano descobria que aquele projeto não era bem o que eles estavam querendo. O inovaBRA tem essa missão, aproveitar a velocidade que o empreendedorismo tem para testar as soluções e entregá-las para o mercado com maior velocidade”.

Marcelo Frontini, Diretor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Bradesco, em conversa com o Startupi contou que a expectativa para a segunda edição do programa é atrair ainda mais empreendedores, incluindo os que participaram do primeiro ciclo e que já melhoraram seu produto e MVP através dos feedbacks que receberam do próprio banco. “O mercado de startups no Brasil está muito aquecido, percebemos isso nos últimos seis meses e por isso, estamos otimistas de que vamos receber muitas ideias positivas que o Bradesco possa utilizar”, afirma o diretor.

Frontini ainda destaca que as inovações que mais chamam atenção do Bradesco são aquelas que de fato melhoram a experiência do cliente, muitas vezes essas soluções são simples de ser implementadas. Hoje o principal desafio dos bancos no Brasil é justamente conectar essas ideias de experiências positivas com clientes em grandes processos. “O Bradesco é muito grande, nosso desafio com o inovaBRA é trazer uma solução que parece ser pequena, mas com grande potencial de escalabilidade, que possam atender os nossos mais de 25 milhões de correntistas, 30 milhões de portadores de cartão de crédito ou 20 milhões de segurados”.

Para participar do programa é ideal que a sua startup tenha uma solução minimamente em estágio beta, para que assim, possa ser discutida a real aplicação da solução para as necessidades do banco. Também é levado em consideração a capacidade de entrega da equipe, perfil e maturidade da empresa e do empreendedor.

Segundo Marcelo, a principal mudança da primeira edição do programa para essa nova fase é a maior aproximação com os empreendedores e com todo ecossistema. Essa aproximação permite que o banco receba mais feedbacks e que a seleção do inovaBRA seja cada vez mais aderente aos interesses do empreendedor e da instituição.

Os empreendedores que participarem do programa, desde o processo de seleção são incentivados a pensar um pouco mais sobre seu negócio para o mercado financeiro. Ao passar de fase, os empreendedores tem mais contato com os executivo do banco para discutir se aquela proposta e aquela solução faz realmente sentido para o mercado financeiro. Ao se classificar para a final, o empreendedor passa a se relacionar com todos os departamentos do banco. Nessa fase a solução será colocada a prova para descobrir se ela atende os requisitos de negócio, se ela tem algum risco operacional ou de regulamentação, ou seja, toda essa experiência faz com que o empreendedor saia do programa com uma visão de mercado madura muito aprimorada.

Por outro lado, o banco também aprende muito com as startups. Essa integração provoca o banco a discutir assuntos que não são fáceis de discutir no dia-a-dia. O Bradesco aprendeu muito com o primeiro ciclo, principalmente no ponto de vista de governança. Roger conta que os departamentos do banco estão acostumados a lidar com grandes empresas e grandes fornecedores e quando se deparam em uma reunião com alguns jovens de uma startup com uma visão totalmente diferente de negócio e de mundo, é um grande desafio, porém muito estimulante. “Isso nos motivou a revisar e melhorar como nós estamos trabalhando internamente fazendo essa governança”.

Ao final do programa, as startups que chegarem a fase final e tiverem uma experimentação bem-sucedida, podem negociar com banco um modelo comercial de parceria. Aquelas que não forem classificadas para final, continuam tendo um relacionamento próximo com o banco participando de eventos, palestras e workshops. Essa interação facilitará que as startups ajustem os modelos de negócios e inscrevam-se novamente para participar de uma próxima edição.

E qual a importância do Bradesco e outras grandes empresas se aproximar cada vez mais das startups? Por muito tempo as grandes empresas foram os investidores e os desenvolvedores de soluções inovadoras no Brasil e até em outros mercados, mas de um tempo pra cá, essa realidade mudou. A economia digital e sua revolução democratizou a criação de ideias, ou seja, hoje você pode ter uma solução e com pouco investimento colocar no mercado. “Foi aí que o Bradesco percebeu que não era capaz de estar antenado com tudo o que acontece no mundo e criar as inovações dentro de casa, por isso adotamos o conceito de inovação aberta”. O conceito da inovação aberta aproxima o banco do mercado e das novas soluções que são criadas pelos pequenos e médios empresários. Marcelo destaca que dessa forma o banco é capaz de chegar a soluções que eles só teriam conhecimento daqui há dois anos, levando assim, de forma antecipada, novas soluções para seus clientes.

“O que percebemos com a experiência do primeiro ciclo é que o empreendedorismo brasileiro é muito criativo. O potencial que o mercado brasileiro tem de gerar soluções que façam a diferença tanto para o mercado do segmento financeiro quanto para sociedade em geral e que sejam escaláveis não só para o mercado nacional, mas para o global é muito grande. Por isso, queremos aproveitar essa possibilidade desse relacionamento com os empreendedores para conseguir entregar inovação cada vez mais rápido e de boa qualidade para os nossos clientes. Acreditamos que o potencial que existe aqui é muito grande e que ele está sendo mal explorado ainda no mercado”, conclui Roger.

Se você tem uma startup e acredita nessa solução, independente de perceber uma usabilidade específica no mercado financeiro, inscreva-se no programa. Segundo Roger, muitas vezes os departamentos de negócios do banco, conseguem imaginar um “gancho” para a sua solução que você talvez nunca tenha pensado e daí pode surgir novos modelos de negócios disruptivos, dando a chance para sua empresa escalar e se transformar em uma grande empresa rapidamente.

Não perca tempo! As inscrições vão até o dia 22/12. Para saber mais clique aqui.

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