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BNDES lança segunda edição do programa de aceleração de startups

Banco divulgou nesta quarta-feira, 9, o edital para aceleradoras que quiserem conduzir o programa junto com as 135 startups

Garagem: na primeira edição do programa, 74 empresas de diversos setores participaram da aceleração (André Telles/BNDES/Divulgação)

Garagem: na primeira edição do programa, 74 empresas de diversos setores participaram da aceleração (André Telles/BNDES/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 18h22.

Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 18h37.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quarta-feira, 9, a segunda edição de seu programa para desenvolvimento de startups, o Garagem. No programa, o banco oferece mentorias para as startups selecionadas, mas a condução do processo é feita por uma aceleradora parceira. 

A partir de hoje, aceleradoras interessadas em gerir a segunda edição do Garagem podem se inscrever pelo edital do banco. O plano é que aconteçam três ciclos de aceleração, com 45 empresas em cada um, ao longo dos próximos 30 meses. As startups não precisam oferecer participação societária ao BNDES para participar.

“A primeira edição do Garagem foi muito bem-sucedida, conquistamos um NPS de 95 com os participantes. Com esse aprendizado, pensamos em formas de ter um programa mais perene na segunda edição, por isso serão três ciclos”, diz Filipe Borsato, chefe do departamento de gestão de investimentos do BNDES.

Na primeira edição do Garagem, a Liga Ventures e a Wayra (da Vivo) se juntaram em uma coalização para tocar o programa, que acelerou 74 projetos de inovação. Do total, 30 eram startups que estavam em fase de crescimento de negócio e 44 eram empresas ou grupos de empreendedores que ainda precisavam finalizar e validar o produto no mercado.

Para ajudá-las, o banco faz conexões com o mercado. Na primeira edição, foram mais de 50 reuniões organizadas com fundos e investidores parceiros do BNDES. Hoje o banco tem 1 bilhão de reais em recursos alocados em 15 fundos de venture capital e private equity para investir em empresas de base tecnológica. 

O foco agora é em impacto

A primeira fase do programa de aceleração foi multissetorial, mas agora o BNDES tem um foco claro: impulsionar startups que desenvolvam soluções de impacto ambiental e social. O banco quer apoiar desde o começo um futuro unicórnio brasileiro (startup avaliada em mais de 1 bilhão de dólares) que trabalhe para garantir a prosperidade da sociedade e do meio ambiente. No primeiro ciclo, serão cinco verticais prioritárias: saúde, educação, sustentabilidade, gov-tech e cidades sustentáveis.

“O que a gente espera com a próxima edição do Garagem é exercer um papel indutor no mercado. O BNDES, com o programa, deixa clara sua agenda de impacto social e ESG e, com isso, estimula o mercado a se mobilizar para atuar de forma semelhante”, afirma Daniela Arantes Alves Lima, chefe do departamento de gestão pública de municípios e inclusão produtiva do banco. 

Mas faltam alguns meses até o programa chegar na fase de escolha dos negócios de impacto. Até o dia 23 de outubro, o BNDES aceita inscrições de aceleradoras que tenham propostas de condução do programa. As seis melhores propostas passarão por uma fase de apresentações a uma banca virtual, que deve acontecer na segunda quinzena de novembro. Só em janeiro é que a aceleradora escolhida será divulgada.

A partir daí, é necessário um processo de análise e assinatura de contrato. A expectativa é que no final do primeiro trimestre de 2021 seja aberta a seleção das 45 primeiras startups que irão ser aceleradas. Serão 20 startups para o módulo de criação de produto e 25 para o módulo de tração de negócio. Por causa da pandemia, haverá uma mescla de encontros presenciais e virtuais. As empresas que não forem do Rio de Janeiro receberão uma ajuda de custo para participar da aceleração.

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