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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Bioexton, empresa mineira de tecnologia ambiental que deve faturar 2,5 milhões de reais neste ano, recebeu o aporte do fundo Novarum, especializado em capital semente (pequeno montante de recursos destinados à viabilização de um projeto). As negociações ocorreram ao longo do ano de 2006 e o contrato foi anunciado na última sexta-feira (16/03). O valor do investimento não foi divulgado.
O que atraiu o fundo Novarum foi uma fórmula elaborada pela Bioexton que converte, no prazo de três dias, resíduos em fertilizantes. Existem outras substâncias parecidas no mercado, mas nenhuma atua tão rápido - a média para esse tipo de conversão é de 100 dias. "Os clientes que comprarem nossa solução se livrarão do problema do resíduo e poderão, até mesmo, vender o adubo resultante", diz José Carlos Passarelli, diretor-operacional da Bioexton. "Além de resolver o problema dos detritos, essa solução também traz retorno financeiro, o que é muito raro em tecnologia ambiental", diz Levindo Santos, gestor do fundo Novarum.
O produto da Bioexton começou a ser desenvolvido em 1979. A empresa nasceu em 1998, numa incubadora da Universidade de Uberaba (MG). Em 2000, conseguiu patentear sua principal fórmula nos Estados Unidos. No Brasil, a patente foi concedida em 2002. Com as patentes em mãos, a empresa pretende comercializar o produto livre de concorrentes diretos, pelo menos por enquanto. "Queremos vender nossa invenção protegidos pelas leis de patente", diz José Carlos Passarelli, diretor-operacional da empresa.
O capital do aporte será investido, principalmente, no desenvolvimento do produto e em expansão dos negócios. Hoje, a empresa vende sua solução a clientes de cadeias como a da cana-de-açúcar, celulose e mesmo mineração.