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Aumentar participação no PIB é desafio para PMEs

A avaliação é de Carlos Alberto dos Santos, do Sebrae, durante seminário no Uruguai. Os pequenos negócios da Argentina tem melhor participação no PIB do que os brasileiros

Na Argentina, El Salvador e Peru, as pequenas empresas têm melhor participação no PIB  (.)

Na Argentina, El Salvador e Peru, as pequenas empresas têm melhor participação no PIB (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Montevidéu - As micro e pequenas empresas representam 95% dos empreendimentos formais na América Latina e Caribe, geram 35% dos empregos com carteira assinada e respondem por 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Os números, divulgados na terça-feira, dia 5, em Montevidéu, no Uruguai, pelo diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, revelam um desafio a ser superado pelos pequenos negócios.

Apesar de equivalerem quase à totalidade dos empreendimentos legalmente constituídos, as micro e pequenas empresas de dez países da América Latina e Caribe analisados pelo Sebrae registram índices de participação no PIB que poderiam ser mais expressivos.

À exceção da Argentina, El Salvador e Peru, onde os pequenos negócios respondem por 60%, 44% e 42% do PIB, respectivamente, outros países como Venezuela, Equador, Chile, Brasil, México, Uruguai e Colômbia têm participação das MPE no PIB abaixo dos 35%.

No caso da Venezuela, os pequenos negócios representam 98% dos empreendimentos formais, 55% dos empregos e apenas 13% do PIB; no Equador, as micro e pequenas empresas geram 24% dos empregos formais e 14% do PIB; no Brasil e no Chile, são gerados em média 52% dos empregos e 20% do PIB; no México, 80% dos empregos e 23% do PIB; no Uruguai, 48% dos empregos e 30,27% do PIB, enquanto que na Colômbia, são 63% dos empregos e 35% do PIB.

Nos países da Europa, o percentual de participação das micro e pequenas empresas no PIB é maior. Na Espanha, os pequenos negócios correspondem a 99% dos estabelecimentos formais e 50,6% do PIB. Na Grécia, eles alcançam 99,4% e 55,6%, respectivamente. Na Itália, os índices são de 99,5% e 55,6%.

Produtividade
"Há uma clara correlação entre a geração de empregos e a participação no PIB. Quanto mais empregos, maior será o PIB. Junto com o emprego, cresce a participação do PIB e, consequentemente, a produtividade. No Brasil, as micro e pequenas empresas geram muitos empregos, mas que não se refletem em produtividade. Precisamos reverter isso aumentando a participação dos pequenos negócios no PIB, para 40% em média", disse Carlos Alberto dos Santos para lideranças de países da América Latina e Caribe convidadas para o Seminário Desafios de Cooperação das Instituições de Apoio às MPEs na América Latina e Caribe, organizado pelo Sebrae, com o apoio da Associação dos Dirigentes de Marketing do Uruguai (ADM).

    <hr>                                   <p class="pagina">Cerca de 100 lideranças internacionais participaram do evento, que tratou de temas como cenários e perspectivas regionais e que foi realizado um dia antes da abertura oficial do Fórum Interamericano da Microempresa (Foromic 2010), organizado pelo Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para discutir microfinanças e microempresas. <br><br>O Seminário do Sebrae e ADM foi organizado para identificar, analisar e refletir sobre os desafios da ação colaborativa, complementar e estratégica de instituições de apoio aos pequenos negócios na região. O objetivo do Sebrae é fortalecer ações de internacionalização e integração produtiva por meio do fomento à produtividade e à competitividade.<br><br><strong>Integração e Inovação</strong><br>Para o dirigente do Sebrae, investir em inovação, tecnologia, cadeias produtivas, encadeamento da produção, clusters, certificações e cooperativismo pode ser o melhor caminho para reverter o quadro. <br><br>Da mesma forma, os países da região precisam se pautar por uma agenda de cooperação que deve conter temas como ferramentas de inovação para pequenas empresas, busca de novos mercados globais e complementação econômica e encadeamentos produtivos. "Precisamos fortalecer as instituições que dão apoio às micro e pequenas empresas", assinalou Carlos Alberto dos Santos.<br><br>Para o diretor técnico do Sebrae, é o mercado que define as regras e não apenas uma legislação de apoio às micro e pequenas empresas, por exemplo. "Os negócios estão melhores, mas o contexto geral mudou?".<br><br>Os desafios e oportunidades para a integração regional, para Carlos Alberto dos Santos, passam por alguns aspectos, como a superação de debilidades históricas das instituições de apoio aos pequenos negócios. A integração é um fator para aumentar a competitividade das micro e pequenas, para o diretor. Assim como a cooperação interinstitucional é uma alternativa factível e inteligente.</p>

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