São Paulo - A agência de turismo online espanhola Atrapalo chegou ao Brasil há pouco mais de um ano e já prevê um crescimento de 400% sobre o faturamento de 2011 – a empresa espera terminar 2012 com 13 milhões de dólares no caixa. A expectativa é pular para 300 milhões de dólares até 2017 - só no mercado brasileiro. O número fica próximo do faturamento anual de 350 milhões de dólares da empresa hoje, no mundo. A pretensão é crescer 20% este ano.

Fundada em 2000 por três sócios espanhóis, a startup recebeu em 2007 investimentos do fundo de capital de risco Tiger Global Management e, desde então, vem ampliando sua presença para outros mercados. Além da Espanha e do Brasil, o site tem domínios na Espanha, Itália, França, Chile, Colômbia e Peru.

Segundo a gerente da empresa no Brasil, Silvia Fagundes, o crescimento da economia, do poder aquisitivo da população e a alta de e-commerce e turismo foram decisivos para a escolha do país. “Todos esses fatores fazem com que o Brasil seja o principal mercado da América Latina e, por isso, esperamos um faturamento de 300 milhões de dólares para os próximos 5 anos no país, mesmo faturamento esperado para 2012 com a operação global da Atrápalo”, destacou a executiva.

O site oferece nove tipos de serviços: voo, hotel, pacote dinâmico (voo + hotel), viagem com guia, carro, restaurantes, vale-presente e atividades. Silvia conta uma novidade para o mercado brasileiro. “No Brasil, estamos implementando um novo serviço, o de cruzeiros, que começa a operar agora em março.”

De acordo com informações da Atrapalo, o portal possui 4 milhões de usuários registrados – 350 mil deles no Brasil – e 7 milhões de visitas por mês – 700 mil de brasileiros. Por aqui, são mais de 120 mil hotéis parceiros, além de 160 mil espetáculos, 4,5 mil restaurantes e 700 companhias aéreas.

Também há possibilidade de encontrar no site mil pacotes distintos de viagens e 600 tipos de passeios e atividade. “São inúmeras as opções de lazer que o brasileiro tem. É bom para os dois lados, para o usuário da Atrápalo que recebe oportunidades de lazer muitas vezes com descontos e é bom para o parceiro, seja restaurantes, hotéis, companhias aéreas, empresas de shows, espetáculos etc”, completa Fagundes.

Os voos representam a maior fatia de faturamento da empresa – 35% das vendas realizadas são de passagens aéreas – seguidas por hotéis (25%) e os produtos de lazer como espetáculos e restaurantes (30%). “Escolhemos trabalhar cada produto de forma segmentada. Os primeiros produtos foram os de viagem (voos e hotéis) e por isso já são responsáveis por 60% do faturamento. Hoje, todos os serviços estão disponíveis e são diversas ofertas em todo o país e no exterior", conta.