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Aquisições de fintechs movimentaram US$ 120 bi no 1º semestre

O interesse por essas empresas aumenta junto com os esforços de modernização dos bancos e instituições financeiras tradicionais

Notas de dólar: captação de recursos pelas fintechs também bateu recorde no primeiro semestre (Rick Wilking/Reuters)

Notas de dólar: captação de recursos pelas fintechs também bateu recorde no primeiro semestre (Rick Wilking/Reuters)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 11h00.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 11h00.

Três gigantescos acordos envolvendo empresas de tecnologia financeira elevaram o total movimentado em aquisições no segmento para o recorde de US$ 120 bilhões no primeiro semestre, com especial interesse em companhias de pagamentos, segundo pesquisa da consultoria Hampleton Partners.

Tanto a aquisição da First Data pela Fiserv quanto a compra da Total System Services pela Global Payments passaram da marca de US$ 20 bilhões. O acordo de fusão entre Fidelity National Information Services e Worldpay, de aproximadamente US$ 43 bilhões incluindo dívidas, foi o maior até hoje no setor de pagamentos internacionais, que está em franca expansão.

A demanda por essas empresas também valoriza seu passe: as compradoras pagaram, no período analisado, um valor mediano de 15,9 vezes EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), segundo o relatório.

Empresas de pagamentos ajudam clientes e comerciantes a comprar e vender produtos, guardar dinheiro e fazer transferências online, além de facilitar pagamento via dispositivos conectados à internet, como telefones celulares e relógios inteligentes. O interesse por essas empresas aumenta junto com os esforços de modernização dos bancos e instituições financeiras tradicionais.

“Como os desafiantes usam sua agilidade para atrair novos clientes, os participantes tradicionais são obrigados a adquirir a tecnologia necessária para competir”, escreveram os autores do relatório.

Também atraem interessados tecnologias por trás de robôs que prestam atendimento ao consumidor em chats (que, segundo estimativas, podem permitir que os bancos economizem US$ 7,3 bilhões anualmente até 2023) e tecnologias de mobile banking (à medida que as visitas às agências bancárias diminuem), concluiu o estudo.

A captação de recursos pelas fintechs também bateu recorde no primeiro semestre, com novas instituições de empréstimos e serviços bancários conquistando capital investidor. Companhias do segmento com sede na Europa e América do Norte vão levantar quantias sem precedentes neste ano. A Europa já ultrapassou a quantia de todo o ano passado, com US$ 5,8 bilhões registrados só no primeiro semestre de 2019, informou relatório.

“Fusões e aquisições de fintechs estão definitivamente em ascensão e há múltiplas razões para isso”, analisa Hyder Jumabhoy, especialista em serviços financeiros e sócio do escritório de advocacia White & Case, em Londres. “Os bancos estão trabalhando muito para entregar o que seus clientes desejam. quer. Ao mesmo tempo, há uma percepção dentro dos bancos que as ineficiências operacionais dos sistemas de legado de TI podem ser reduzidas com emprego de tecnologia.”

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