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Aquecimento global cria novos cenários de negócios

Segundo economista, micro e pequenas empresas têm que se preparar para desafios e investir em sustentabilidade

“A ideia de que a proteção ambiental está dissociada do desenvolvimento sócio-econômico é falsa", disse Sérgio Besserman, diretor da ONG WWF-Brasil (Antonio Milena/VEJA)

“A ideia de que a proteção ambiental está dissociada do desenvolvimento sócio-econômico é falsa", disse Sérgio Besserman, diretor da ONG WWF-Brasil (Antonio Milena/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 16h56.

Rio de Janeiro - Atenção aos riscos e oportunidades diante dos desafios impostos pelo aquecimento global. O tema foi abordado pelo economista e membro do conselho diretor da ONG WWF-Brasil, Sérgio Besserman, durante a palestra Sustentabilidade nas Micro e Pequenas Empresas, nesta terça-feira (18).

“A ideia de que a proteção ambiental está dissociada do desenvolvimento sócio-econômico é falsa. As mudanças climáticas são graves, urgentes e profundas e isso vai provocar uma mudança completa no ambiente de negócios nos próximos 20 anos”, alertou Besserman.

Para o economista, o homem sempre considerou a natureza como se fosse um bem público. Ele ressalta que o ritmo atual de destruição é intenso, mas que a Terra já superou problemas mais graves e sobreviveu. O problema é que “estamos acabando com a natureza do nosso tempo e dependemos dela”. Desertificação, escassez de recursos hídricos, aumento do buraco na camada de ozônio, degradação biológica dos oceanos, crise da biodiversidade e mudanças climáticas foram citadas por Besserman como as seis grandes agressões ambientais.

Adotar um plano de sustentabilidade para criar uma boa reputação, atitude que já é valorizada pelo consumidor, e investir no uso racional da água e eficiência energética foram alguns dos exemplos citados para diminuir os efeitos do aquecimento global. Segundo Besserman, mesmo que essas mudanças representem um gasto inicial, ao longo do tempo, a economia gerada vai se converter em lucro.

“A minimização do impacto virá pela mudança de hábito e pelo consumo consciente. As micro e pequenas empresas tem como atuar nesse processo. Cada um deve cuidar do seu próprio quintal e ficar atento também às novas oportunidades de negócios que vão do reaproveitamento do lixo ao desenvolvimento de aplicações das tecnologias. O certo é que as empresas que não investirem em sustentabilidade e inovação vão falir”, afirmou.

A palestra faz parte da Semana Sebrae de Tecnologia e Inovação, organizada pela instituição no Rio de Janeiro, e que integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

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