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App que ajuda usuários a gastar menos recebe aporte de R$ 25 mi

A Fintech Olivia lançou sua operação no Brasil na última quarta-feira, 15; a empresa foi criada por empreendedores brasileiros nos Estados Unidos em 2017

Lucas Moraes, fundador da Olívia: empresa criou inteligência artificial que sugere como gastar melhor seu dinheiro (Olívia/Divulgação)

Lucas Moraes, fundador da Olívia: empresa criou inteligência artificial que sugere como gastar melhor seu dinheiro (Olívia/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 16h08.

Última atualização em 16 de janeiro de 2020 às 19h24.

A startup de inteligência artificial Olivia anunciou na última quarta-feira, 15, o início de suas operações no Brasil e um aporte de 25 milhões de reais, liderado pelo banco BV. A empresa, criada no Vale do Silício pelos brasileiros Lucas Moraes e Cristiano Oliveira em 2017, usa tecnologia para “ajudar as pessoas a fazer mais com o dinheiro delas”.

Depois de operar por dois anos no mercado americano, o aplicativo chegou em versão teste ao Brasil em julho de 2019 e registrou 30 mil usuários neste período. Agora, com o lançamento oficial, qualquer pessoa com um smartphone Android ou iOS pode baixar a plataforma e começar a receber sugestões de como gastar melhor.

Parte do capital recebido na rodada de investimento liderada pelo banco BV será utilizada pela startup para crescer a base de usuários do produto no Brasil. Além disso, os sócios pretendem investir no desenvolvimento de tecnologia, com a contratação de mais funcionários — hoje são 55 pessoas na equipe.

O banco já havia apostado na tecnologia da Olívia em 2019. Desde o começo do ano passado, mais de 100 mil clientes com cartão de crédito do BV recebem sugestões de como melhorar seus gastos com a assistente virtual “Bevê”.

“Temos clientes que se aconselham com a Bevê antes de realizar uma compra. Ela ajuda com o perfil do gasto, o orçamento, estimulando o consumo consciente”, conta Guilherme Horn, diretor de Estratégia Digital e Inovação do banco.

O resultado positivo com os clientes do cartão foi o que estimulou o banco a investir na tecnologia da Olívia. “Nosso objetivo é explorar todo o potencial da ferramenta, a empresa já tem uma série de novas funcionalidades e melhorias previstas”, afirma Horn.

Sugestões personalizadas

Os serviços da Olívia são gratuitos. Para que o usuário comece a receber dicas, a inteligência artificial precisa ter acesso às suas contas bancárias. Com base no comportamento passado de consumo, a IA prevê gastos futuros e recomenda uma ação para que se economize dinheiro.

“Se o usuário usa muito Uber, mas não é adepto do Uber Cash, a Olívia pode enviar um push indicando o quanto ele economizaria se usasse o serviço pré-pago”, diz Moraes, co fundador da empresa.

Atualmente, podem se conectar à plataforma clientes dos bancos Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nubank, além dos cartões Alelo, CrediCard, Sodexo, Ticket, Itaucard e American Express emitido pelo Bradesco. Até a metade do ano, a empresa espera ter incluído os outros grandes bancos — Bradesco e Santander — ao seu sistema.

A startup ganha dinheiro com parceiros que queiram oferecer produtos aos usuários da plataforma. No caso de um usuário que costuma viajar em determinada época do ano, por exemplo, a Olívia pode oferecer passagens aéreas mais baratas de empresas parceiras. “Não queremos vender só produtos financeiros. A ideia é ofertar para o usuário produtos que façam sentido na sua rotina e que sejam mais baratos”, diz Moraes. O fundador ressalta que o objetivo da IA é ajudar as pessoas a otimizar seus gastos, já que é difícil mudar padrões de comportamento.

Ao todo, a Olívia já atingiu mais de 500 mil pessoas desde que nasceu em 2017. Em 2020, o principal desafio da empresa é, além de crescer a base de usuários e de ofertas na plataforma, mostrar para os brasileiros o valor das recomendações da IA.

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