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Aposta do SoftBank, startup de seguros Lemonade levanta US$ 319 mi em IPO

Ações da empresa foram precificadas na quarta-feira e começaram a ser vendidas no mercado hoje

Lemonade: startup usa inteligência artificial para avaliar os  imóveis que assegura (Lemonade/Reprodução)

Lemonade: startup usa inteligência artificial para avaliar os imóveis que assegura (Lemonade/Reprodução)

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Carolina Ingizza

Publicado em 2 de julho de 2020 às 13h54.

A startup de seguros Lemonade, fundada em 2015 por Daniel Schreiber e Shai Wininger, abriu capital na bolsa de valores de Nova York nesta quinta-feira, 2. Com preço inicial de 29 dólares por ação, a companhia levantou 319 milhões e foi avaliada em 1,6 bilhão de dólares. 

A empresa havia recebido ao longo de sua trajetória 480 milhões de dólares de investidores como SoftBank, Allianz, Sequoia Capital e Aleph. Em sua última rodada, em abril de 2019, a companhia recebeu 300 milhões de dólares e havia sido avaliada em 2 bilhões, abaixo do valor de mercado registrado no IPO. Mesmo após a listagem na bolsa, o SoftBank continua em posse de 21,8% da companhia.

Com atuação na área de seguros, a Lemonade usa inteligência artificial para avaliar os imóveis que assegura. Ela foi uma das primeiras empresas a digitalizar todo o processo de compra e venda de seguros nos Estados Unidos. 

Em um modelo inovador, a companhia incentiva os clientes a ter baixa sinistralidade. Ela doa parte do valor que foi pago a instituições de caridade, ficando somente com o necessário para cobrir os custos da operação. Seu principal público são millennials, com menos de 35 anos. 

Em 2019, a startup faturou 67,3 milhões de dólares, 200% a mais que os 22,5 milhões faturados em 2018. Apesar da receita alta, a empresa ainda não é lucrativa. Suas perdas foram de 108,5 milhões de dólares em 2019 e de 52,9 milhões no ano anterior. 

No primeiro trimestre de 2020, a companhia reportou ter perdido 36,5 milhões de dólares, enquanto no mesmo período em 2019, havia perdido 21,6 milhões. "Temos um histórico de perdas e podemos não alcançar ou manter a lucratividade no futuro", alertou a empresa quando anunciou a abertura de capital. 

"Esperamos que nossa perda líquida aumente no curto prazo, à medida que continuamos a fazer esses investimentos para expandir nossos negócios". Os sócios esperam que com expansão de sua área de atuação, consigam ampliar sua participação no mercado global de seguros, que movimenta 5 trilhões de dólares por ano. 

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