EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Ao venderem a Soft Team, empresa paulista especializada em desenvolvimento de softwares e prestação de serviços na área fiscal, seus ex-proprietários resolveram um dilema que os incomodava nos últimos tempos - com o orçamento limitado, era melhor concentrar os investimentos em marketing para ampliar o mercado ou em tecnologia para melhorar os produtos?
O negócio, fechado no dia 25 de julho com a fornecedora catarinense de softwares de gestão Datasul no valor de 7,8 milhões de reais, deve trazer um novo fôlego à Soft Team. "Com a vinda da Datasul, poderemos atuar nas duas frentes", afirma Nelson Machado, um dos três fundadores da empresa, que fatura cerca de 8 milhões de reais por ano. "Vamos intensificar nossa presença no mercado."
Machado continua a trabalhar pela empresa - mas, agora, como diretor executivo. Assim como ele, os demais sócios-proprietários passaram a ocupar cargos executivos na diretoria. Todo o quadro de líderes e seus funcionários por enquanto continuam na empresa. "Existe uma fase imprescindível em nossas aquisições, que é manter os empreendedores à frente do negócio", afirma Paulo Caputo, diretor de novos negócios da Datasul. "Compramos conhecimento. E esses empreendedores representam uma grande parte do nosso investimento."
Com a transação, a Datasul adquiriu a propriedade intelectual, a base operacional e a carteira de clientes da Soft Team. Na lista, estão nomes importantes, como Makro, Pfizer, NEC e Sadia. Os produtos continuarão a ser vendidos com a marca Soft Team, que passou a pertencer à Datasul. Com um faturamento de 191,4 milhões de reais no ano passado, a Datasul vem se expandindo rapidamente desde que abriu o capital, em junho de 2006. Com a Soft Team, já são seis empresas adquiridas em apenas um ano.