Thiago Guedes, Renato Fumagalli, Marcus Vinicius, Guilherme Borin e Fellipe Nogueira, sócios do AMG Capital: políticas para atração de talentos ao escritório (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2022 às 18h00.
Última atualização em 18 de março de 2022 às 18h01.
A criação de uma política de bonificações aos funcionários costuma estar na lista de prioridades dos empreendedores.
Afinal, pagar um extra a quem faz a diferença no resultado financeiro de um negócio tem o poder de estimular a empresa inteira a replicar comportamentos produtivos ao negócio.
O desafio é montar um esquema meritocrático de fato. Nessas horas, há muitos modelos a serem seguidos.
A trajetória do escritório de investimento AMG Capital, de São Paulo, é um exemplo de quem já conseguiu bons resultados com uma remuneração variável.
Fundado em 2017 e desde dezembro do ano passado plugado no ecossistema de investimentos do banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), o AMG atrelou um bônus ao processo de atração de talentos do mercado.
Funciona assim: os assessores de investimentos do AMG têm como meta monitorar o mercado financeiro em busca de bons profissionais de vendas ou assessoria de investimentos — e podem fazer convites de emprego a quem de fato se encaixa no perfil.
Quando a proposta é fechada, e o novo funcionário começa a trabalhar na AMG, quem convidou fica responsável pelo onboarding dessa pessoa. Mais do que isso: se o novato traz resultados financeiros, não apenas ele ganha bônus.
Quem o indicou também recebe uma bonificação atrelada ao resultado financeiro obtido por quem acabou de chegar. "É um prêmio para todos os envolvidos na formação de equipes produtivas", diz o sócio Guilherme Borin.
Pelas regras estabelecidas ali, no primeiro 1 milhão de reais de negócios fechados pelo novato, quem convidou recebe até 1.500 reais em bônus. A partir daí, o bônus passa a ser 500 reais a cada 1 milhão de reais em vendas feitas por quem acabou de chegar.
"A ideia não era só todo mundo dividir a mesma sala, mas ter um ecossistema completo de suporte a quem está chegando", diz o sócio Thiago Guedes. "Queríamos um clima organizacional diferente do dos escritórios de grande porte."
Ao que tudo indica, a política trouxe resultados bastante palpáveis ao AMG. Só em janeiro, mês de estreia da política, o escritório pagou 300.000 reais em bônus. No período, o número de assessores subiu de 28 para 32.
No comando do escritório estão os sócios Guilherme Borin, Thiago Guedes, Renato Fumagalli, Marcus Vinicius e Fellipe Nogueira, todos com experiência em relacionamento com clientes e experiências profissionais em comum — boa parte deles trabalhou por algum momento na Genial Investimentos antes de empreender.
Com sede na Vila Olímpia, no coração financeiro de São Paulo, o AMG tem unidades em Porto Alegre e em Florianópolis, duas praças com maior volume de recursos para investimentos no Sul do país. Nas próximas semanas, inaugura uma presença no Rio de Janeiro.
No rumo atual de captação de recursos, o escritório deve chegar ao fim de 2022 com um volume de 1 bilhão de reais de clientes sob custódia.