Nico Barawid, CEO e cofundador da Casai: startup de hospedagem chega a Florianópolis (Casai/Divulgação)
A Casai, startup mexicana de hospedagem de curta temporada, anunciou a chegada oficial à sua terceira capital no Brasil. A cidade escolhida foi Florianópolis, em Santa Catarina, uma estreia que acontece após a aquisição da Roomin, proptech que gerencia imóveis na cidade.
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A compra da Roomin faz aumentar em 100 imóveis o portfólio da Casai no Brasil. As propriedades estão espalhadas por seis bairros na Ilha da Magia.
“A chegada da Casai a Florianópolis é estratégica para o posicionamento da empresa no Brasil visto que, além de ser um destino turístico importante, a cidade é um polo nacional de inovação", diz Daniel Hermann, diretor de expansão da Casai. "Sabemos que o fator localidade é fundamental para garantir uma boa experiência ao hóspede final e a Roomin está presente nos melhores bairros da Ilha”.
A empresa foi fundada em 2019 pelos jovens Nico Barawid e María del Carmen Herrerías com a proposta de ser um meio-termo entre hotéis e imóveis alugados pelo Airbnb, unindo o conforto das grandes redes de hotelaria aos preços mais acessíveis do Airbnb e, ao mesmo tempo, incluindo algumas comodidades bem úteis a quem viaja constantemente a trabalho, como internet móvel.
Em essência, o que a Casai faz é a gestão desses apartamentos, reformando, decorando, reabastecendo os suprimentos, cuidando da limpeza e higiene, entre outras coisas. Os imóveis são preferencialmente localizados em bairros estratégicos das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e agora Florianópolis, além de algumas cidades litorâneas e a capital, no México. No Rio, por exemplo, os bairros são Ipanema e Copacabana, epicentros do turismo local, além de Leblon e Lagoa.
Apesar das semelhanças e comparação, os modelos de negócios da Casai e Airbnb têm suas diferenças. Enquanto o Airbnb atua como uma espécie de marketplace de imóveis e experiências, apenas intermediando pessoas interessadas em alugar suas casas e apartamentos e interessados em alugá-los temporariamente, a Casai se responsabiliza pela gestão e manutenção dessas propriedades, com um portfólio próprio nas cidades onde atua. Além disso, a mexicana também faz a ponte entre os locatários e prestadores de serviços.
Em dois anos de operação, a Casai já recebeu cerca de 300 milhões de reais de fundos proeminentes na América Latina, como Kaszek, Mosashees e Andreessen Horowitz. O valor dos fundos vem em ritmo de otimisto da startup em expandir sua presença na América Latina, uma empreitada que começou pelo Brasil — mais especificamente, na cidade de São Paulo, onde já tem mais de 100 imóveis sob gestão.
Segundo a empresa, desde seu lançamento no Brasil, em maio deste ano, a operação cresceu mais de 6 vezes no número de imóveis, uma arrancada que transforrmou o Brasil no principal mercado para a Casai nos últimos meses.
Por aqui, a startup compete com empresas como Housi e Noma, duas startups que também se dedicam ao gerenciamento de imóveis para aluguel. A principal diferença da Casai para essas competidoras, segundo o fundador, é o fato de que a startup mexicana é focada em estadias flexíveis (de curta ou longa duração), enquanto as demais trabalham com um modelo mais voltado para moradia flexível.
Com a nova capital no mapa, a confiança dos investidores e a volta gradual do turismo, o desejo da Casai é multiplicar por 6 o portófilio de 400 imóveis no país e, com a aquisição da Roomin, 200 destes apartamentos estarão em Florianópolis até meados de 2022. Em termos de expansão, a próxima parada deve ser a cidade de Búzios, no Rio de Janeiro.