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ACE procura startups em estágio inicial para investir até R$ 1 milhão

Aceleradora que se transformou em empresa de investimento semente abriu primeira seleção de startups no novo modelo

ACE: setores mais olhados são agricultura, fintech, logística e saúde (ACE/Divulgação)

ACE: setores mais olhados são agricultura, fintech, logística e saúde (ACE/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 14h00.

Última atualização em 10 de setembro de 2019 às 17h37.

A ACE, aceleradora que se transformou em uma empresa de investimento semente guiado por dados, abre inscrições para startups em estágio inicial receberem de 200 mil a 1 milhão de reais em aportes. A ACE espera investir em 10 a 15 negócios até o fim deste ano.

O investimento por ser seguido por outros e ser feito em parceria com investidores-anjo e fundos de investimento semente. “O primeiro aporte é um ponto de partida no relacionamento com a startup”, afirma Arthur Garutti, sócio da ACE. Os setores mais olhados são os que a empresa de investimento semente já tem um bom volume em sua base, como agricultura, fintech, logística e saúde. As startups já devem ter um MVP, clientes pagantes e apresentarem algum faturamento.

“Somos fortes na conexão com grandes empresas, tendo quase 50 clientes corporativos. Por isso as startups aproveitam mais quando já têm produtos validados e podem aumentar sua aquisição de clientes e suas contratações de funcionários”, diz Garutti.

Inscrição, seleção e investimento

A ACE avaliou em seus sete anos de aceleradora 20 mil projetos, sendo 300 deles acelerados, 100 investidos e 14 adquiridos por outras empresas (como a Love Mondays, vendida para a Glassdoor, e a Hiper, para a Linx). 

A agora empresa de investimento semente compilou essas informações em uma plataforma de autoatendimento. A associação afirma que terá uma capacidade quatro vezes maior de ir ao mercado, passando de cinco para 20 mil startups avaliadas por ano.

Por meio do site, startups cadastram suas informações sobre fundadores, negócio e mercado e elas são comparados com o histórico da associação. Os empreendedores recebem um diagnóstico da empresa e uma nota baseados em 44 variáveis sobre capacidade do time fundador (histórico educacional e de empreendedorismo); tamanho da oportunidade de mercado; e a própria startup (como produto e distribuição de participação entre os sócios, ou cap table).

O score é acompanhado por três possíveis respostas: sem aderência à tese de investimentos da ACE; com aderência, mas precisando de ajustes para que a startup receba aportes; e com aderência e pronta para captar investimentos.

Nos dois últimos casos, o comitê de investimentos da ACE se reúne para analisar os negócios e oferecer acompanhamento do score pela plataforma. Os empreendedores podem marcar conversas um a um com a rede de 150 mentores, 30 grandes empresas em projeto de transformação digital e 50 mil membros cadastrados na comunidade da associação.

O principal objetivo das mentorias é a criação de uma “máquina de escala” para a startup, por meio de seis trilhas de conhecimento: captação de investimentos, estratégia, gestão, pessoas, processos e visão de mercado. O passo final desse processo deverá ser um investimento semente. 

O investimento da ACE só se converterá em participação quando a startup realizar o série A. O movimento, conhecido como notas conversíveis, é uma forma de evitar comer muita participação dos empreendedores ainda no início da empresa.

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