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A empresa mineira com R$ 100 mi para gastar em inovação e aquisições

A Stoque, companhia de automação para instituições financeiras, está com caixa cheio para investimentos em tecnologia e aquisições; intenção é ser número 1 entre os bancões

Thiago Assis, CEO da Stoque (Stoque/Divulgação)

Thiago Assis, CEO da Stoque (Stoque/Divulgação)

A Stoque, empresa mineira de automação para processos e documentos, quer levar suas soluções com mais afinco ao setor financeiro. Com a revolução digital impulsionada pela pandemia, bancos e fintechs precisaram expandir serviços que agilizam o atendimento e outros processos burocráticos, como a análise e assinatura de documentos, por exemplo. De olho nisso, a empresa está disposta a investir R$ 100 milhões em melhorias tecnológicas e novas aquisições para atrair os grandes bancos do país.

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A Stoque vem crescendo 20% ao ano e, em 2021, faturou R$ 78 milhões, um resultado que celebra dois anos desde que a empresa foi comprada pelo fundo Kinase Investments, por R$ 74 milhões.

O novo foco da Stoque está em criar produtos para os grandes players financeiros do país. Para isso, usa recursos como inteligência artificial e um sistema de cruzamento de dados para permitir que documentos necessários em uma série de transações, como o financiamento de imóveis e a formalização de operações de crédito e imobiliário, sejam digitalizados. Além dos bancos e fintechs, a Stoque também atende empresas do setor de serviços, tecnologia e indústria. Ao todo, são 230 usuários.

“As soluções de automação funcionam bem em muitos setores, pois automatiza o processo e traz eficiência em processos que independem dos setores”, diz Thiago Assis, fundador da Kinase Investments e presidente da Stoque desde a aquisição feita pelo fundo, em 2019.

Com um novo posicionamento de marca anunciado nesta terça, 15, porém, a Stoque pretende comunicar ao mercado suas intenções de focar no mercado financeiro, ajudando instituições a calibrar novas tecnologias ligadas à automação e inteligência artificial. Um exemplo está nas barreiras contra fraudes em movimentações via aplicativo e internet. “Olhamos para um cenário em que empresas querem facilitar a chegada de novos clientes em prol da melhor experiência do cliente e com ajuda de tecnologia”, diz.

Junto com a atenção especial aos players de finanças, a Stoque também deve ter caixa cheio para investimento em inovação: serão R$ 100 milhões para novos recursos. Na lista estão tecnologias como Robot Process Automation (RPA), que coloca robô para realizar tarefas humanas repetitivas, inteligência artificial, Processamento de Linguagem Natural (NLP), entre outras. Além disso, deve mapear a compra de empresas nos próximos anos. Somando isso tudo, a empresa planeja triplicar o faturamento até 2025, e passar a ter um olhar mais holístico a respeito das necessidades dos clientes, incluindo a prestação de serviços no rol de ofertas aos clientes.

Nesse esforço, as aquisições devem ajudar — também na entrada e novos mercados. “Vamos passar a oferecer também serviços, e olhar para soluções complementares às nossas e que possam ajudar a expandir o portfólio”, diz o CEO.

A Stoque também está inaugurando um novo escritório em Belo Horizonte, localizado no edifício Banlavoura, onde funcionava o teatro Casanova, fechado há mais de dez anos e importante ponto turístico e cultural da cidade. Segundo Assis, a mudança de sede e a escolha de um espaço importante para a cidade refletem a cultura e valores da empresa. "A volta ao escritório, em um formato híbrido, é um momento muito importante. Queremos repassar essa mensagem de futuro e presente também ao time de funcionários".

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