Comidas orientais passaram a fazer parte das preferências de uma parcela dos consumidores que tomaram gosto por esse tipo de culinária por meio de viagens ou da internet (fokusgood/Getty Images)
Na última década, o setor de food service brasileiro movimentou mais de 170 bilhões de reais ao ano, segundo o Instituto Foodservice Brasil (IFB). Mesmo em meio à crise, em março deste ano a receita nominal desse mercado subiu 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. As grandes redes, que são as empresas com mais de 20 lojas, tiveram crescimento ainda maior, de 10,3%.
Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), apenas o segmento de alimentação, que é o maior do setor de franquias e abriga grande parte das empresas de food service, faturou 9,935 bilhões de reais. O montante representa 6% de aumento em relação ao mesmo período de 2016. Ou seja, mesmo com a retração da economia, a população brasileira manteve o hábito de se alimentar fora de casa. Isso ocorreu basicamente porque, nesta última década, o segmento soube incorporar tendências globais para atender às novas expectativas dos consumidores.
Inspirados neste conteúdo do site da TOTVS, listamos a seguir sete tendências que devem continuar impulsionando o crescimento desse mercado nos próximos anos. Vamos juntos?
1. Refeições personalizadas
Uma das principais tendências em food service é dar ao cliente a possibilidade de escolher entre uma variedade de ingredientes e apresentações para cada prato, dando um toque pessoal para os alimentos, o que aumenta a sensação de exclusividade.
2. Alimentação saudável e sustentável
Saúde e bem-estar também estão no cardápio, por meio de ingredientes naturais, frescos e de procedência comprovada. Para além da refeição, há a valorização de toda a cadeia produtiva, dos insumos orgânicos aos adquiridos com produtores regionais.
3. Experiências dinâmicas
Oferecer experiências de consumo fora do ponto de venda físico é outra tendência que vem ganhando peso. Ela inclui feiras gastronômicas, food trucks, operações pop-up – ações temporárias, às vezes também itinerantes, realizadas normalmente por restaurantes renomados – entre outros modelos.
4. Cozinhas étnicas e regionais
Também estão em alta food services de comidas típicas de países ou regiões que passaram a fazer parte das preferências de uma parcela dos consumidores. Normalmente, esses clientes tomaram gosto por esse tipo de culinária por meio de viagens ou da internet. Um exemplo claro é o crescimento das redes de culinária mexicana.
5. Produtos artesanais
A busca por um estilo de vida mais saudável, associado à profusão da cultura do “faça você mesmo” – na TV e na internet –, vem despertando o interesse dos consumidores por segmentos que privilegiam ingredientes e alimentos produzidos localmente ou mesmo no próprio estabelecimento.
6. Operações online
Com um grande potencial de expansão, a modalidade se desenvolve a partir da mudança de hábito do consumidor e do surgimento de novas plataformas e aplicativos para comercializar produtos e serviços. Há muitas oportunidades para operações mobile e o cruzamento entre ambientes físicos e virtuais, como no segmento de take away – ou de “levar para casa”, em português.
7. Inovações tecnológicas
Para dar suporte a todas essas transformações, cada vez mais o food service tem de investir em inovações tecnológicas para otimizar processos, controlar o fluxo de caixa, evitar perdas e despesas desnecessárias e, sobretudo, conhecer melhor o seu cliente. Criar programas de fidelidade e utilizar diferentes canais para identificar seu consumidor é um dos grandes desafios que o mercado enfrenta atualmente. Nessa batalha, a tecnologia pode ser uma aliada. Com a utilização de sistemas integrados de gestão e ferramentas como um cardápio digital, em que é possível registrar as informações do cliente, por exemplo, é possível fazer a identificação de forma mais eficiente.