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65 anos de sucesso: conheça a empresa por trás do Dadinho

O doce à base de amendoim segue no mercado unindo tradição com novas linhas de produtos

Anderson Siqueira: para o diretor de marketing do Dadinho, o produto apela para a nostalgia dos consumidores (Reprodução/Jornal de Negócios do Sebrae/SP)

Anderson Siqueira: para o diretor de marketing do Dadinho, o produto apela para a nostalgia dos consumidores (Reprodução/Jornal de Negócios do Sebrae/SP)

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Carolina Ingizza

Publicado em 7 de dezembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 7 de dezembro de 2019 às 07h00.

Sucesso no Brasil, o doce de amendoim Dadinho foi criado em 1954 como homenagem ao quarto centenário da cidade de São Paulo. Originalmente, seu nome era justamente IV Centenário, mas logo o formato de cubo lhe rendeu o apelido “Dadinho” e assim acabou sendo rebatizado.

O Dadinho foi um dos primeiros produtos nacionais a usar papel metalizado na embalagem, novidade na época do seu lançamento. Atualmente, a marca pertence à empresa Doce Sabor localizada em São Paulo e a fabricação é da Bono Gusto Alimentos, de Ribeirão Preto.

Sem abandonar as origens, desde 2016 a marca tem ampliado sua linha de produtos, a chamada Família Dadinho: as novidades incluem itens como bombons, wafer e versões cremosa, com chocolate e com zero adição de açúcar, totalizando um portfólio de 36 itens.

Para o diretor de marketing do Dadinho, Anderson Siqueira, o doce lembra sua infância e a casa da avó, onde nunca faltava a guloseima. “Hoje ainda tem, mas agora ela não precisa comprar, eu a presenteio”, conta.

Há quatro anos na empresa, mas em contato profissional com o produto há cerca de dez, já que trabalhava antes na agência de publicidade que atendia à marca, Siqueira conversou com o Jornal de Negócios.

Como manter a tradição de um doce de 65 anos para o público atual, especialmente os mais jovens?

Acreditamos que por meio de novidades e produtos que estão presentes na vida das pessoas, seja no momento de descontração, pausa ou até mesmo refeição. O mais importante é manter viva a essência do Dadinho tradicional, no sabor, na textura e no aspecto visual. Nosso desafio é apresentar o Dadinho aos mais jovens, mas não queremos impactá-los diretamente, a estratégia requer cautela, queremos que os pais e avós apresentem a marca, como lembrança boa de suas infâncias, perpetuando assim o nosso posicionamento “amor de infância a gente nunca esquece”.

Por que a empresa decidiu expandir a marca e lançar outros produtos?

Olhamos para o mercado e percebemos que produtos do cotidiano como biscoitos, bombons e até mesmo o creme combinariam com Dadinho; várias empresas estavam e estão apostando em extensão de linha. Observamos também que a tradição conta muito na escolha de um produto, desta forma a criação da Família Dadinho foi uma estratégia certeira que atingiu e superou as expectativas.

Como vocês lidam com a concorrência de marcas internacionais?

Da melhor maneira possível, observando os seus acertos e também as suas fragilidades, pois todas as marcas as têm, e buscando competir de forma ética. O preço é um dos maiores fatores competitivos.

Em um momento em que o conceito de alimentação saudável está cada vez mais presente, qual o posicionamento do Dadinho no mercado?

Nós nos posicionamos como um produto que faz parte das horas de satisfação, de liberdade, naquele momento em que a pessoa se permite a saborear um produto gostoso e de qualidade. Estamos também de olho no mercado que oferece produtos mais saudáveis, prova disso foi a criação do Dadinho zero adição de açúcares e, assim como ele, certamente outros produtos mais saudáveis virão por aí.

Quais são os principais desafios da empresa atualmente?

Distribuição. Estamos ampliando a nossa malha de distribuição que estava focada em Sul e Sudeste. Por meio de parceria com grandes distribuidores, o nosso maior desafio em 2020 é estar presente em todos os Estados brasileiros.

Com base na história de sucesso do Dadinho, que dicas você pode passar aos donos de pequenos negócios que produzem alimentos?

Primeiro, a qualidade, que não é um diferencial e sim uma obrigação de qualquer empresa. Também acreditamos que uma das maiores dicas é a valorização do capital humano e as suas relações. Para finalizar, vale citar Simon Sinek (Nota da Redação: autor, palestrante e consultor): “100% dos clientes são pessoas, 100% dos colaboradores são pessoas, se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”.

 

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