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61% das startups bilionárias não são do Vale do Silício

Entre as startups asiáticas, o destaque é a China, país em que 16 startups alcançaram o valor de mercado de US$ 1 bilhão apenas em 2013


	A região do Vale do Silício, na costa oeste americana
 (Wikimedia)

A região do Vale do Silício, na costa oeste americana (Wikimedia)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2014 às 08h02.

São Paulo - O Vale do Silício, polo de tecnologia dos Estados Unidos onde surgiram empresas do porte de Google, Facebook e Apple, não é o único a produzir jovens companhias de tecnologia bilionárias. De todas as 140 startups do mundo que alcançaram valor de mercado de US$ 1 bilhão nos últimos dez anos, 61% surgiram fora do Vale do Silício, segundo estudo do Atomico - fundo criado pelo cofundador do Skype Niklas Zennström que no Brasil investe nos e-commerces Bebê Store e Connect Parts.

"Nós sempre acreditamos que grandes companhias e grandes empreendedores podem surgir em qualquer lugar, mas até nós fomos surpreendidos com alguns dados da pesquisa", disse Zennström. Apesar de a maioria das 140 empresas mapeadas pelo estudo vir da América do Norte - 80 só dos Estados Unidos (sendo 54 do Vale do Silício e imediações) e 2 do Canadá -, há 36 que vêm da Ásia e 22 da Europa e do Oriente Médio.

Entre as asiáticas, o destaque é a China, país em que 16 startups alcançaram o valor de mercado de US$ 1 bilhão apenas em 2013. Entre elas está a Momo, um aplicativo de mensagens instantâneas fundado em 2011, em Pequim. A ideia da plataforma é permitir que os usuários encontrem pessoas interessantes que estejam próximas a ele.

Outra empresa que se encaixa nesse grupo é a fornecedora de software de segurança Cheetah Mobile, que abriu o capital em maio de 2014 e hoje está avaliada em mais de US$ 2 bilhões.

Além da China, outro país dos Brics (grupo dos emergentes que reúne também Brasil e África do Sul) a figurar entre os bilionários é a Índia. São de lá, por exemplo, a empresa de publicidade móvel InMobi e o serviço de táxi Olacabs.

"A pesquisa mostra de uma vez por todas que a geografia não é uma barreira ao sucesso", afirmou Niklas Zennström. "Essa tendência é irreversível e vai continuar à medida que essas empresas inspiram as próximas gerações e que os investidores ampliam seus horizontes para as oportunidades globais."

A média de tempo gasto pelas startups para chegar ao valor de US$ 1 bilhão foi de seis anos, segundo o estudo. Algumas, como Facebook e Twitter, alcançaram a marca aos três anos de vida. Já o aplicativo Snapchat levou apenas dois anos.

Se considerado o total de startups dos Estados Unidos que alcançaram US$ 1 bilhão na última década, o país responde sozinho por 57% das 140 empresas listadas no estudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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